A primeira vez que me deparei com a poesia de Florbela Espanca foi num disco do compositor e inventor Raimundo Fagner: um soneto chamado "Fanatismo", magistralmente musicado e interpretado por ele. Depois outro soneto: "Impossível", num disco de Ana Belen, composição e participação especialíssima dele, Fagner. Aí, fui atrás dos livros da singular poeta portuguesa Flor d'Alma da Conceição Espanca e, literalmente, tomei uma "surra" de sua poesia densa e melancólica, mas bela e prazeirosa de se ler, reler, ouvir e jamais esquecer.
Eu só sei ler o Livro de Mágoas
Da Florbela Espanca.
Corro os meus dias atrás de outros...
Sempre os mesmos! E cismo
Ser autor de sonetos, poeta
Com algum esmero.
Mas não consigo buscar o ritmo,
Contar a métrica, ditar a melodia:
Carpir a poesia de sublime imaginação.
Tudo que posso são umas linhas
Com algumas luzes azuis,
E cinzas as minhas palavras.
Eu só sei ler o Livro de Mágoas
Da Florbela Espanca.
Dedicado a Evandro de Castro Filgueiras Filho,
poeta precoce até no nome.
(Pedro Ramúcio)
E agora... Abril
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Acusam-me de Mágoa e Desalento
Carlos de Oliveira
Acusam-me de mágoa e desalento,
como se toda a pena dos meus versos
não fosse carne voss...
Há 14 horas
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
ResponderExcluirDo que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!....
Bom ano Pedro
Magnólia,
ResponderExcluirMuito obrigado por reflorir este blog com mais Florbela Espanca.
Receber sua visita já é prenúncio de um ano bom. Que o seu seja também.
Pedro Ramúcio.
Olá, Pedro!
ResponderExcluirAgradeço imensamente tua visita no Interlúdio... quanto a Florbela, sou suspeita em falar, pois tenho por ela uma admiração prá lá de grande. Partilhamos o amor por essa que foi e é a mais bela flor do Alentejo!
Convido-te a um passeio por aqui:
http://interludioemflorcomflorbela.blogspot.com/
Beijos!
Flor,
ResponderExcluirConvite feito, convite aceito. E não tem o que agradecer: prazer foi meu, recompensa minha.
Interlúdio... gosto imenso dessa palavra.
Quanto a Florbela, é das minhas ficções mais verdadeiras.
Em verdade te peço que voltes sempre,
Ramúcio.
"...É ter de mil desejos o esplendor
ResponderExcluirE não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!"
Eternizar-se em seu livro de mágoas, dores e ansiedades como fez Florbela Espanca...
Ou se deixar "surrar" pela transcendência de suas palavras...
É ser magistral em ilustres borrões acinzentados...
Ou se deixar ser Pedro Ramúcio.
Grande abraço meu nobre!
Evandro Filgueiras.
Evandro,
ResponderExcluirSe você veio, eu fico feliz. Guardo por você a mesma admiração que guardamos por Florbela.
Obrigado pelas magistrais palavras a respeito de mim, mas não mereço tanto tudo isso.
Seus Guimarães Rosa (Literatura Comentada) e Caetano Veloso (Verdade Tropical), não perca a esperança: ainda lhos devolvo.
Mais uma coisa: quando puder, poste algumas coisas suas aqui. Será uma honra, poeta.
Fã do seu afã,
Ramúcio.
É uma honra poder seguir tão doces palavras, de tão belos poetas.
ResponderExcluirAmo vocês!
Laiane Coelho.
Lai,
ResponderExcluirVocê aqui é muito mais que muito bom, é muito mais do que muito...
Posso te esperar mais vezes vezes mais?
Então volte sempre, e não demore.
Sua sensibilidade será sempre fonte de inspiração de que os poetas precisam.
Feliz com sua vinda,
Eu.