Homenagem ao artista que já foi meu (e de muita gente) ídolo maior na música brasileira. Pena que ele perdeu um pouquinho (que para um gênio sempre é muito) o rumo por que começou um dia, lá atrás, sua então irretocável carreira. Esse cearense fazia chover no sertão...Palco, um parto de morte pra viver mais
Quando vem e canta o cândido Raimundo.
Parece com um lúcido coma profundo
Ou ver o cosmo ancorado em nenhum cais.
Quando vem e canta o cândido Raimundo
Ficam mudos os passarinhos nos quintais,
Nos verdes mares calam-se os temporais,
As ciganas não falam do Astro Vagabundo.
Mas nem os cem milhões de versos que eu fizer,
Além da minh'alma a sonhar perdidamente,
Serão capazes de traduzir o que sente
O coração alado de um mortal qualquer,
Quando ouve sangrar no ar o canto do Fagner.
Eu de mim não sei de outro igual tão diferente!
Dedicado a Robério Coelho e Roberto Lima.(Pedro Ramúcio)