segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

ATIRE A PRIMEIRA PÉTALA

























Certo dia um amigo meu mandou-me via e-mail a natural notícia de que outro seu amigo estava sofrendo das dores (de oratórios) do cotovelo. A casa tinha caído pro amigo dele. Tentei achar remédio pro mal-me-quer bem-me-quer do amigo do meu amigo, mas não sou douto no assunto. Via de regra, uns versos:

Se o físico Renato Braz sofre de amor
Se o músico Roberto Lima sofre de amor
Se o cantor de ópera, o operário
Pedro Ramúcio sofre fingindo de amor
Se o matemático Wagner Tiso sofre de amor
Se o empresário de moda Renato Russo sofria
De amor

Se o arquiteto Paulinho da Viola sofre de amor
Se o escritor Luís Inácio Lula da Silva sofre de amor
Se o autor de novelas Ronaldo Nazário sofre de amor
Se o economista Arrigo Barnabé sofre de amor
Se o astronauta Sivuca sofria de amor

Se o pastor luterano Roberto Mendes sofre de amor
Se o ecumênico budista Pelé sofre de amor
Se o pintor Marco Van Basten sofre de amor
Se o médico Carlos Drummond de Andrade sofria
De amor

Se o tenista Raimundo Fagner sofre de amor
Se o político (ops!) Gilberto Gil sofre de amor
Se o dançarino Faustão sofre muito de amor

Se o contador de anedotas Geraldo Vandré sofre
Calado de amor

Tudo está no seu lugar, graças a Deus

(Pedro Ramúcio)

12 comentários:

  1. uai, ramúcio... virei muso?
    belo poema!
    abração do seu fã,
    R.

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  2. Roberto,
    O que me vem de ti é sempre inspiração.

    Beijos no seu coração de poeta,
    Ramúcio.

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  3. Oi, Magnólia
    E eu gostei muito que você tenha gostado, viu? Só espero que meus 'musos' gostem também. Por falar nisso, sua visita me enche de inspiração: aquela vontade de escrever que infla os pulmões de imaginação, sabe? Aquele desejo de voar com asas alheias, entende? Aliás, um dia eu cometi um poeminha assim:

    INSPIRAÇÃO

    O que fazer quando quero fazer
    E não sei o que fazer?
    Fazer uma canção...

    Muitas flores-versos em sua poesia-jardim,
    Pedro Ramúcio.

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  4. E mais um poeta surge das matas mineiras...e na fronteira com a Bahia, então, só podia ser bom mesmo!
    Belo blog, belas palavras e uma visita mais que bem vinda.
    Voltarei sempre.
    bj

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  5. É muita gentileza sua comigo, moça. E nem sei se mereço, uai. Mas a poesia tem esse poder: unir distâncias! Lindo é o seu blog, estarei sempre aí.
    Venha sempre que quiser, viu? Será primavera, então!

    Encantado,
    Ramúcio.

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  6. graças aos deuses - que um só é pouco!
    e viva as minas!

    de amante
    líria porto

    pelas montanhas eu surfo
    pelas campinas eu nado
    pelo horizonte eu surto
    pelas minas eu me afundo
    pelas gerais eu me acabo

    *

    besos

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  7. Quando quiseres empresto-te as minhas asas..:)

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  8. Uai, Líria

    E pelo porto eu me perco...

    *

    Seu sobrenome me remete a Portugal, país onde sonha minh'alma, sem nunca ter poisado lá, uma cama boa e macia preparada por amigos que inda nem me sabem a caminho de além mar. Tenho saudades de Portugal, que de nenhum outro porto... como tinha saudades de sua presença aqui, já antes de sua vinda.
    Volte sempre e perdoe essa pequena demora em lhe ouvir os versos sensíveis que me confiou. São diamantes finos que guardarei em lugar seguro, um velho coração apaixonado pelo belo.

    Gracias, poeta
    Ramúcio.

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  9. Magnólia,
    Aceito tuas asas, mas só prometo devolvê-las depois de percorrer universos vários do Reino das Palavras, em busca da infinita poesia que Drummond mapeou, embora possa surgir alguma pedra, no caso, nuvem, no meio do caminho.
    E a oferta faz-se recíproca.

    De asas abertas,
    Ramúcio.

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  10. ah, menino, tuas palavras têm doce! bendigo o roberto lima que de algum modo te colocou na minha trilha!


    não fui a portugal - meus versos foram - publicaram lá meu primeiro livro - e tem outro a caminho...

    besos

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  11. Roberto Lima? Tem esse dom: trançar almas. De menino eu sacava isso nele. Sorte nossa, então, né?
    E doces são seus versos, Líria, ainda que às vezes servidos sem açúcar, mas, no fundo, sempre doces. Gosto do seu estilo, me lambuzo no seu mel e sal.

    Grato sempre,
    Ramúcio.

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