domingo, 18 de abril de 2010

"PONTARIA"
























É com imensa, mais que imensa alegria, que posto aqui no Canto Geral um texto de Líria Porto, artista que eu venho descobrindo com o atraso de cem anos-luz de solidão, mas agora vou em busca do tempo perdido e do cheiro de Deus que habita esta poeta, artesã que me surpreende a cada poema dotado de leveza, graça e a fina ironia dos grandes pensadores, além do hábil traquejo com a palavra escrita, que lhe escorre da alma, percorre-lhe a palma e amalgama-se no papel sempre num tiro certeiro: verso que conversa com quem o lê, língua afiada e olho no olho. Que mais posso dizer de? Que mais? Que?
Dela, eu (es)colhi, posto que esse pequeno quintal da blogosfera destina-se a homenagear grandes artistas que comoveram o mundo (ou sua aldeia, o que dá no mesmo), hoje eu semeei no Canto Geral, trazido de 'tanto mar', um tantinho de palavras em intenção de um certo Bituca, mais conhecido como Mister Milton Nascimento. Um tantinho de palavras semeadas, mas que dão a dimensão do alcance e da 'pontaria' de Líria Porto: de Araguari para BH para Miami para Brasília para o mundo...

milton minério
nascimento pássaro
caçador de min(as)

(Líria Porto)

50 comentários:

  1. Já acompanho a Líria há algum tempo. Poetisa com essas características que vc bem descreveu aí acima.

    Beijo, Pedro, boa semana!

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  2. Laríssima,
    Líria, que conheci há pouco, mas já parece que tem um século, é artista singular e plural, a meu sentir. Escreve longo-curto, num estilo próprio.
    E você aqui, torna tudo maiúsculo!

    Abraço de mim de min(as),
    Pedro Ramúcio.

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  3. da rama,
    passa no primeira pessoa.
    a música que toca sem parar, hoje, é procê.

    beijão,
    r.

    ps: líria? re-conheço.
    é a minha amiga que eu ainda não havia encontrado.
    mas ja encontrei. amo de paixão. pessoa linda!
    e escreve pra caráleo.
    grandes poemas em pequenas embalagens.

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  4. De lima,
    Já estou lá. No embalo da Líria deliro melhor...

    Abração,
    Da rama, dos cios...

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  5. Delicio-me com o curto poema de Líria e ainda mais com a subtileza da descrição que deixas planar na tua tinta, Amigo Pedro.

    Um grande abraço!

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  6. Na lira de Líria o verbo pega delírio, como disse Manoel de Barros. A Minas tem esses prodígios que se encontram e se eternizam. Abraço.

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  7. Seu Jorge,
    Líria é um caso sério, rapaz. Ela que faz do minério uma pluma. Santa pueta é o que ela é. É um orgulho imenso pra mim poder estampá-la aqui aos demais. Febre por que se cura...

    Abraço lírico,
    Pedro Ramúcio.

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  8. Assis,
    Um dia eu assoviei assim:
    __ Devo cantar que sem cantar o verbo é um numeral...
    E a Líria é só assovios, e eu todo ouvidos.
    E tô de olho em suas 'drummond(nianas)', qualquer hora importo-as pra cá. Você se importa?
    Manoel de Barros! Ah, Manoel de Barros!

    Abraço de min(as),
    Pedro Ramúcio.

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  9. eu falo, eu repito - hora dessas morro do coração!

    obrigada, pedro, estou comovida. és uma pessoa linda e tenho muita alegria por saber que existes.

    também agradeço a lara, o roberto, o assis, o jorge - minha responsabilidade aumenta! tomara que eu consiga mesmo fazer bons versos - a poesia merece!

    besossssssss

    *

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  10. Líríssima,
    Tomara que a poesia consiga fazer outras Lírias!
    E não tens o que agradecer: somos uns felizardos (f)rente a seus versos, tiros certeiros em nossos corações...

    Abraço valadarense,
    Pedro Ramúcio.

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  11. Pedrim, vc arrasou nesse poetrix genial de Líria Porto!!
    Sem dúvida, uma pedra preciosa de Minas...

    Amplexos mineiros, das cercanias...
    "Entre dunas e coqueiros, e o mar lá adiante...
    é Fortaleza, que hoje desabrocha em mim..."

    Márcia

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  12. Márcia,
    Vosmecê é quem arrasa sempre. Agora que está cearense, então!
    E Líria é mesmo pedra preciosa de Minas, vosmecê tem toda razão.
    Ah, outro nome das Fortalezas pra você garimpar, moça: Felipe Cordeiro (dos bons), que me prometeu musicar um sonetinho que há tempos fiz pro Fagner, mas ainda necas...

    Amplexos mineiros,
    Pedrim e musa.

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  13. agora você acabou de despertar o meu desejo de descobri-la.
    saudações.

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  14. Conheci Líria Porto há pouquíssimo tempo, assim como a muitos de vocês. Gostei tanto que passei a segui-la e não só. é bom conhecer gente interessante e com coisas boas para dar a ver. a ler, a sentir.
    deixo um beijo Pedro.

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  15. Em@,
    Líria é mesmo porto aonde atraquemo-nos em poesia, pela poesia curta tão longa dela, oceano dentro do mar, tanto mar...
    E sua pontaria é sempre certeira, síntese do sentimento, concisa sabedoria... é só lê-la pra o sentir...

    Abraço a ler,
    Pedro Ramúcio.

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  16. Sândrio,
    Toma Líria como um 'Presente' permeado de poesia, posto que os poetas se permitem paisagens íntimas, e tu também um craque delas, de quem ouço a soluçar:

    "Não te nego o caminho que almeja
    Não te nego um longo futuro
    Porém saiba que toda a vida
    Será permeada de passados..."

    *

    Volto a afiançar: vais longe, rapaz...

    Grato por merecer-te aqui,
    Pedro Ramúcio.

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  17. Pedrim, tu acreditas que Líria passou pelo meu bloguim? Put´s, honraria imensa e a culpa é tua!
    Deixei um coments no blog dela, e falei mal de tu... (risada sarcástica mode on)....rs

    Vc terá que me enviar via e-mail esses nomes dos artistas daqui, pois com a correria da mudança tenho tido pouquíssimo tempo...estou entre persianas, livros soltos pelo chão, almofadas, (pois o sofá de Sampa não veio...), e o valente lap top, note book, como queira, no colo, saltando letras...;-)

    amplexos calorosos pra Pedrim e musa esposa!

    Márcia, mineira,paulistana, que hoje está cearense! (adoro escrever isso...rs)

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  18. Ah! Líria!
    Que dizer? Ela já disse tudo!...
    Um abraço, meu querido

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  19. Nós daqui de Curitiba também somos lirianos ainda mais que ela nos deua a hora de participar de sarau de poesia em nossa escola. aí vai

    http://www.youtube.com/watch?v=-A8MpLZGgO0

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  20. Lindos versos, o Milton é isso mesmo, e mais, arte que vem não sabemos de onde, e nem para onde vai. Linda explosão. Um abraço.

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  21. Pedro,

    é sempre uma doida alegria o seu post. Te ler mineiramente é inevitável. Você fez mto bem em propagar Líria Porto, de quem sou devoto assumido. Sua poesia é um primor de encantamento, nos conduz, de forma simples, por caminhos que só se atravessa se tiver a senha. Os poemas de Líria sempre nos fazem escavar tal chave em nós mesmos, para merecê-la.

    Forte abraço!!!

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  22. Márcia,
    Eu é que quero que você me mande novidades do Ceará e das Fortalezas, amiguinha. O que eu sei daí remonta de um pretérito-atístico-mais-que-perfeito, mas se já não era, está um pouco desbotado, pois "o novo sempre vem", como nossos filhos, ou os filhos de outrem, só pra citar um filho ilustre da terra. E será que o Fagner ainda faz chover no sertão?
    Mas me bateu agora um nome das antigas que tem toda a minha admiração. Falo de Manassés, grande músico e compositor aí de Maranguape, se não me trai a memória. E confesso num poeminha bobo que escrevi dias desses que "Eu queria ter mãos de Manassés/pra moer músicas com meus pés."
    E tem Chico Pio que também gosto muito de uma canção dele chamada "O Que Foi Que Você viu Nesse Minuto?".

    Mas receber a Líria no nosso bloguim é mesmo honraria maior, moça mineira-paulistana que está cearense. Imagine hospedá-la, então! Tô podendo, né? É cada verso que ela inventa de escrever de modo tão natural (um sopro, fuuuul...), que ser poeta parece que nem dói, uai...

    Amplexos valadarenses,
    Pedrim e musa.

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  23. Zélia,
    Ainda bem que a Líria é um lírio que podemos admirar toda manhã, um canário que canta por nós
    poemas lindos, afinados poemas lindos de se ouvir toda tarde...
    E merecer você aqui tornou a noite mais poética também...

    Abraço mineiro,
    Pedro Ramúcio.

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  24. Paulo,
    Eu perdi a oportunidade de estar com a Líria numa cantoria/sarau que o poeta Roberto Lima in EUA (do blog "Primeira Pessoa", vale a pena visitá-lo) organizou em BH no início do ano. Foi no dia que o Pena BRanca, que fazia dupla caipira com Xavantinho, pediu licença pra ir cantar no céu.
    Mas ficou o desejo redobrado de a conhecer...
    E vou-me ao youtube ver o vídeo de vocês...

    Grato pela presença mas volte sempre,
    Pedro Ramúcio.

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  25. Campanella,
    Mister Milton é muso dos 'bão', e escutá-lo é sempre uma travessia...
    E a Líria tem o condão, amigo...

    Bom demais da conta merecer você aqui,
    Pedro Ramúcio.

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  26. Nanini,
    Líria está para as letras como Garrincha para o futebol. Ela dribla tudo. Dribla até o gol...
    É cada poema de placa, amigo!
    E é sempre uma honraria maior merecer um craque como você aqui!

    Abraço de um valadarense,
    Pedro Ramúcio.

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  27. Engraçado que a beleza dos curtos versos tem o mesmo valor de um pequeno diamante. Inestimável.
    Parabéns!

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  28. Tudo quanto dizes sobre a poesia da Líria é verdadeiro e, felizmente, também a encontre há algum tempo. Líria nos oferece doses homeopáticas de poesia. Gotas mágicas e um mar de inspiração.

    abraços

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  29. Márcio,
    No caso de Líria Porto, são curtos-longos. São grandes poemas em pequenos frascos (Beto Lima), gigante inspiração. Ela nasceu para o difícil ofício da poesia. De Araguari, logo ali, para Belzonte; de Belzonte para além dos oceanos, doces oceanos salpicados de lirismo. Travessia de versos...

    Abraço mineiro,
    Pedro Ramúcio.

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  30. Mai,
    "Gotas mágicas e um mar (tanto mar) de inspiração."
    Líria trouxe você até aqui e o lucro é todo do Canto Geral também...
    Venha mais, então. Prometo-lhe sempre muita poesia neste pequeno quintal da blogosfera...

    Abraço mineiro,
    Pedro Ramúcio.

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  31. Joia rara que voa como passarinho, buscando o profundo...
    Sem duvida nenhuma, bela descrição da Líria em eu texto.

    Valeu a visita lá em meu recanto, bem como representando a cidade dos calçados, seguir nos meus passos teus sapatos e deixei o meu número.
    Nas palavras meu poema como andarilha no sentimento do mundo.

    Voltarei outras vezes mais.
    A minha casa está de portas abertas
    apareça sempre!

    Bjs
    Livinha

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  32. da rama,
    tava pensando com meus botões:
    Caçador de Mim num é do mil tons, não. vou contar pra lírica, embora já saiba a resposta (rs).

    luiz carlos sá (da dupla com guarabyra) passou os últimos 20 anos de sua vida explicando pras platéias de seus shows que a canção é dele e de sérgio magrão (do 14 bis), deixando no ar o fato incontestável de que não é da autoria do milton.

    valerá aquela máxima de que mãe é quem cria, e não quem concebe?

    mas, uma vez mais, o que sei eu?

    beijão,
    R.

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  33. Livinha,
    Temos apenas dois pés e o sentimento do mundo. Mas podemos voar: passarinhos buscando o profundo.
    Mas podemos despencar sobre a poesia criativa de Líria Porto, posto que ali estaremos seguros, os apaixonados pelo belo...
    Voltes quantas vezes quiseres, nós te queremos sempre poisando aqui seus passos de nuvens...

    Seu vendedor de zapatos,
    Pedro Ramúcio.

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  34. De Lima,
    Os grandes atores roubam a cena, quando lhes são negado o papel de destaque. Os craques driblam a reserva quando são injustamente preteridos na reserva. Em tese, é assim também com os grandes intérpretes: usurpam criações alheias com toda virtude do mundo e passam a ser autores quando cravam sua persona sin grata em certas canções. Era assim com Elis, que se tornava dona do que cantava. É assim com Milton, quando canta feito Elis. O próprio Raimundão teve uma fase dessas, vide Jura Secreta, Sinal Fechado, As Rosas Não Falam (que segundo Cartola tem sua melhor interpretação na voz rastaquara do Fagner - e cordas de Manassés), Joana Francesa, Súplica Cearense et lettera e tais...
    Mas no caso de Caçador de Mim, sem querer ser Salomão, a meu sentir, mãe são os três e a filha agradece as paternidades geniais...
    Aliás, com respeito a essa grande canção desde seu título já - "Caçador de Mim" é um achado - (Roberto Mendes sempre me diz que é uma 'cagada' do autor compor algumas pérolas: "meu filho, tem que ter muita sorte e filicidade pra estar no lugar certo, no momento exato que a canção lhe quer; tem que ser um grande filhodaputa pra ouvir o chamado do verso; Capinam deu muita sorte quando escreveu Massemba..."), mas com relação a "Caçador de Mim" de Sá e Magrão e Mister M, eu tenho o projeto de lançar em algum lugar do footuro um livro sobre as desventuras poético-amorosas que se me aconteceram em alguns lugares do passado (a musa-esposa, que hoje retirou várias pedrinhas preciosas que cismavam de fazer morada em sua vesícula e neste 22 de abril do Descobrimento do Brasil - falta cumprir-se o Fado Tropical - pernoitará num frio quarto de hospital, embora na sã companhia da cunhada de que mais gosto, a musa-esposa já liberou, ciúmes eternos à parte, boa parte do Livro de Memórias composto de poeminhas meus tão inocentes e pueris, do qual pretendo entitular um dos capítulos de "Paixões Que Nunca Tiveram Fim", a tomar por empréstimo compulsório um verso da canção dos meninos, quiçá a patroa - como lhe chama RM - não mude como uma deusa o curso dessa história, destarte a glória de um super-homem que eu nunca vislumbrara em mim...
    E, tu, socrático ou não, sabe das coisas, poeta; entende do riscado, cronista; além de ser um jornalista nato: o fato é teu prato, meu amigo que eu guardo do lado esquerdo do peito...

    A ver vamos,
    Darrama, dos cios...

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  35. Delima,
    Ps: onde se ouve 'rastaquara', escute voz de taquara-rachada, segundo o jornalista Maurício Kubrusly à época do aparecimento do Fagner nos idos anos 1970...

    Abração do seu fã,
    Ramúcio.

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  36. Delima,
    Ps2: e a Líria escreve pra caráleo mesmo...

    Abraço sempre,
    Ramúcio.

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  37. da rama,
    procê saber:
    quem faz, não gosta de acharem que a música é do intérprete.

    conheço de perto esse drama.

    conheço de caçador de mim, por ser próximo daquela tal dupla (rs) que compôs roque santeiro, sobradinho e tantas outras. de frequentar, de me hospedar e hospedar.
    de sair pra beber. de telefonar no meio da noite e receber telefonemas no cu da madrugada para escutar (às vezes sem querer) uma canção inédita.

    o mesmo se aplica com relação a Nós Dois, que minas inteira pensa ser de tadeu franco, mas não é. sou amigo próximo de compositor e intérprete e uma amizade bonita dançou ali, mesmo tadeu jamais tenha tentado se apropriar da canção.

    e mucuripe, que tinha outra letra, que raimundão reescreveu?

    belchior só não odiou mais, porque roberto carlos gravou. elis consagrou. e raimundão sacramentou. aliás, belchior cantou pra mi a letra original, num dos nossos encontros por aqui.

    sim, a emenda ficou melhor que o soneto, admito.
    mas foi um atrevimento, algo de que RF era useiro e vezeiro (ele, que chegou a dizer que embelezou - por mais que tenha sido verdade - os versos de cecilia meirelles com sua música, quando processado por plágio em Canteiros).

    da rama, pai é pai. mãe é mãe.

    o resto é perfumaria.
    e algumas grandes interpretações, como é o caso das 3 canções supra-citadas.

    com caçador de mim não foi diferente.

    mas existe um zilhão de outros casos pelaí.

    minha ingenuidade ficou em são raimundo.
    e lá se vão quase 3 décadas.

    e eu adoro uma discussão (rs).

    abração,
    R.

    ps: líria porto?
    esta é incontestável!

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  38. Delima,
    E eu adoro você, adoro discutir com você, saber você por perto, estar perto de suas ideias sempre claras, lâmpadas que se acendem no interruptor (que não interrompe nada nunca) do seu pensamento.
    Vou aprendendo com você, vou disconcordando de você, vou sentindo-me cada vez mais seu amigo, vou achando cada vez mais sua presença nas entrelinhas das minhas linhas, vou lhe dizendo de coração: brigue comigo, mas jamais me negue seu afeto...
    E nessa questão de paternidade, dou razão aos dois: ao autor, posto que pariu; e à canção, que às vezes se faz ingrata, mas o pai que pague o preço de pôr filha bonita no mundo, ou cê já viu ciúme de música que ninguém quis gravar?
    Nós Dois, a meu ouvir, sempre foi de Celso Adolfo na voz do Tadeu Franco e nunca de Tadeu Franco na composição de Celso Adolfo. Mas é que eu sempre busco a bula do remédio que me faz bem, poeta, e o que falta mesmo saber se o remédio foi bom ou não. Já o que as FarMácias vendem pelaí, nem pra surdos deveria ser prescrito, com risco de sérios efeitos colaterais...
    Mas enquanto Belchior e Fagner se azedam, Marrones e C(amargos) se adoçam. E a culpa da mpb não ter mais público é de quem? Do público?
    É muita estrela pra pouca constelação, poeta...

    Seu fã até de madrugada,
    Darrama.

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  39. da rama,
    a culpa é de muita gente.
    e os artistas são os menos culpados, acredite-me.

    em primeiro lugar, condenemos a indústria do entretenimento, que precisa de amores de verão pra ganhar dinheiro. dráculas, crápulas... felasdaputa!

    ainda bem que a internet apareceu pra chutar os colhões dessa gente.
    fodam-se! queo mais que se fodam.

    e os proprios artistas sentem isto, assim, desta forma.
    eles sabem que não recebem direitos autorais, mas, pelo menos divulgam seus trabalhos, ganham o seu sustento fazendo shows por aí.


    (sem falar que o ecad, organismo que regimenta os direitos autorais no brasil é corrompido e falsamente amador)

    imagine você que uns amigos meus (pessoalmente te digo quem são) foram fazer um dvd de carreira pela som livre, que é a gravadora da rede globo.

    esses caras se foderam pra compor as músicas, sofreram frio, calor, solidão,dor-de-corno e tudo o que é preciso pra se fazer uma grande canção, ou, construir uma carreira ao longo de 3 décadas.

    mas na hora do vamos ver, depois que disco e dvd estavam prontos, a gravadora mudou a prosa e se dispôs a pagar apenas 2% (isto mesmo: dois!) do valor de cada cd/dvd vendido nas lojas. o acordo inical era de 6% de royalties o que, convenhamos ainda assim é muito pouco.

    portanto, da rama, no brasil, a culpa maior é da globo, da band, da record e de quantas mais existirem (eximo desta a cultura), com seus apresentadores e diretores jabazeiros (pagou 100, 200 mil, tá dentro... pode ser até o bonde do tigrão... mas se tiver só talento, se fode... tem que pagar em espécie, senão, nada de vitrine)...

    culpa igualmente das rádios, que também aplicam o mesmo golpe (pagou, tocou!)... a nociva e velha payola...

    e a arte?
    a arte que se exploda.

    briga de artistas, desavenças, ciúmes, é inerente à classe.inerente a gente. nem precisa ser artista.

    e, quer saber? isto nem me incomoda. no frigir do ovos, isto é absolutamente desimportante, sabia?

    seu fã, também.
    e menos ranzinza do que possa parecer.

    aqui, sei-me 100% lúcido. tô nessa briga faz um tempão.
    é o meu ramo, da rama.

    r.

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  40. Delima,
    Assim, sem saída, vamos nós?
    Mas sempre foi assim, né!
    Desde que Shakespeare é Shakespeare o drama é o mesmo. Cê tá 100% certo. O ciúme é inerente à raça humana. Vem do desejo, toda dor vem do desejo. Por isso, pra o fim desta noite:

    POEMA ESTREITO

    Não quero mais que não querer.
    Livre, deixar o tempo correr
    Sem contar o tempo a escorrer.
    Esquecer quem sou e seguir
    O poema em frente a dizer:
    Não quero mais que não querer.

    Não quero mais que não querer.
    Querer sempre fere. Haver
    Desejo é nunca realizar (ou ter).
    Perder é fonte de encontrar,
    Sonhar é certo se arrepender.
    Não quero mais que não querer.

    Não quero mais que não querer.
    Estar feliz é não saber.
    Conquistar é pesado como envelhecer.
    Torna-se o Trono em o dono do Senhor,
    Abdicar é coroar-se de não Ser.
    Não quero mais que não querer.

    (Pedro Ramúcio)

    *

    Uma linda sexta-feira pra você (em azul),
    Darrama...

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  41. poema lindo, da rama.

    um poema azul.

    vou pregar na parede.

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  42. Delima,
    Se você gostou, nem o rasgo mais...

    Abração de Valadão,
    Darrama.

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  43. Líria é mesmo demais, Pedro. Artesã das palavras - a descreve com perfeição. Acho Líria um dos nomes mais importantes da nossa poesia hoje, sem sombra de dúvida. Este poema a Milton eu não conhecia. Que coisa mais bonita. bjo.

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  44. Liria é fantástica Pedro. Adoro!!! Bjo.

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  45. Pedro, que bacana é o "Canto Geral do Brasil"! Já me inscrevi entre os seguidores. E obrigado pelos seus comentários lá no meu blog. Um abração, cara.

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  46. Poesia se quer,
    Que coisa mais bonita está o teu blogue! Fui lá dar uma espiadinha e vislumbrei muita leveza nos cantos, no meio, no alto dos teus poemas.
    E Líria realmente é um dos nomes mais fortes da nossa poesia hoje, sem sombra de dúvida e um sol sempre a iluminar os escritos dela.

    Abraço mineiro,
    Pedro Ramúcio.

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  47. Nydia,
    Líria é um presente que eu me dei, e ainda tenho colhido outros tantos que eu nem merecia...

    Abraço mineiro,
    Pedro Ramúcio.

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  48. Carlos,
    De há muito tempo acompanho sua trajetória no Rádio e na TV, sou fã do seu afã. Também gosto da Notícia, do Esporte e da Poesia, assim com MAIÚSCULAS, como você os pratica. Valadares está de parabéns por contar com um cara talentoso feito você, profissional que tem lugar em qualquer veículo de comunicação deste "país grande e bobo" (como dizia Eduardo Almeida Reis, que eu li muito nas páginas do Hoje Em Dia, ao lado de Roberto Drummond). Mesmo porque você é um craque que joga nas onze, né!
    Ah, acho que fiz jornalismo contigo na Univale, mas eu abandonei o curso muito antes de concluir graduação. E se não me engano, certeza de míope, chegamos a bater um papo durante um intervalo rumo à cantina, e o mote foi Zizi Possi, e você disse considerá-la das grandes intérpretes do Brasil, na época. Isso em 1996, se eu não estiver enganado, certeza de míope...

    Abraço valadarense,
    Pedro Ramúcio.

    Ps: quando você tiver um tempinho de forga, visite o blogue "Primeira Pessoa" do Roberto Lima: jornalista, cronista e poeta valadarense (na verdade ele nasceu em Pedra Corrida), que há mais de vinte anos faz um belíssimo trabalho como editor do "Brazilian Voice" in USA. É fácil encontrá-lo, ele está sempre aqui estendendo um tapete mágico a esse rabiscador de quimeras que vos fala.

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  49. gosto muito de ti, da rama - e nem vi teus olhos...
    besos pra ti, para o teu rio, para a musa/esposa - beijo até os teus zapatos!

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  50. Líria-líria,
    Meus míopes olhos verdes? Abertoufechados, são tímidos feito convém a um poeta: antes de frequentar e manter blogues; depois são outros seiscentos - quem me diria aqui: 'nu' no blogue!
    Também gosto muito de ti, Líria, desde sempre...

    Abraços tímidos nem tanto mais,
    Ramúcio e Luciana.

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