quinta-feira, 3 de setembro de 2009

INFERNIZANDO ROBERTO MENDES

E por falar em Roberto Mendes, qual poeta não desejaria ser parceiro desse gênio da música? Qual palavra não se extasiaria ao ser cantada e/ou declamada por esse moço de voz que agasalha? Qual acorde não fará haver mais harmonia, ao ser dedilhado no braço mágico do violão desse rapaz? Em silên-cio, meus versos gritam por mim:

Composições com posições que só você põe
No braço mágico do seu elástico violão,
Melodias ao meio-dia da imaginação
Que só você cria pensando com o coração.

Você bem que podia de vez em quando,
Quando a tarde traz sua tez já fria,
Vestir meu verso com sua música multidor -
Perfeita roupa pra enfeitar minha poesia.

Você bem que podia ao menos uma vez,
Quando a noite fria faz fogo de palha na Bahia,
Vestir meu verso com sua voz que agasalha -
Perfeita malha pra aquecer minha poesia.

Composições com posições que só você põe
No braço elástico do seu plástico violão,
Melodias ao meio-dia da imaginação
Que só você cria pensando com o coração.

Roberto, meu irmão, você bem sabe que viramos parceiros à primeira vista.
E não seria preciso assinarmos juntos uma canção para tal finalidade,
afinal nossa amizade parece mesmo música pronta sem ninguém compor.

(Pedro Ramúcio)

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