quinta-feira, 26 de agosto de 2010

VELHO CORAÇÃO DE POETA

Vez por outra ouço aqui e acolá que o bardo baiano, o grande Caetano Veloso, não é mais o mesmo. Num domingo desses, por exemplo, o Fagner disse no programa "Conexão Roberto D'Ávila", pela TV Brasil, que o pai da Tropicália hoje escreve pouco e fala muito...
Será que o Sr. Caetano Emanuel Vianna Telles Veloso é bananeira que já deu cachos (e que cachos!)?
Será que 'menopausa' - menor pausa - dá em poetas?
Da minha parte tenho também Tanta Saudade de Chico Buarque!

Eu não posso mais certas rimas
Fui poeta mil anos atrás
Agora canto torto, saudade ensina
A glória é uma camisa-de-força

Por força do hábito inda sonho
Estrelas caídas no chão
Hora vivo o verso de ontem
Hoje acordo sem acordes na mão

Sou poeta por que fui poeta?
Página pede pela nova canção

Vou poeta porque fui poeta
Ainda é de trovas meu coração!

(Pedro Ramúcio)

89 comentários:

  1. Podemos até ter saudades do "Chico de antigamente", mas a saudade ainda é um grande bálsamo. No entanto, acredito que Caetano está em ótima forma musical, inquieto e sem receio de experimentar (que é sempre melhor do que se repetir).

    ResponderExcluir
  2. Herculano,
    Penso que ficou um vácuo, e penso isso com o coração, entre a geração de Milton, Chico, Gil e Caetano e o que se criou na música brasileira depois de então. É preciso e possível despertar novos gigantes, mas arte sem atitude já nasce póstuma, é o que penso...
    A verdadeira arte se faz revolucionar, e toda revolução passa pelo povo, onde o artista deve sempre estar...
    E não vejo mais isso, não me nutre Criança Esperança nem trilhas de novela...
    E sou fã da forma como você faz arte, sem rendimentos ou falso faz de conta...

    Abraço mineiro via Caixa-Postal,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  3. Pode parar a escrita, mas e o coração? Quem nasce poeta, creio, morre assim, mesmo que abafando os versos que não entram mais em acordo nas pautas.

    Sabe, seu poema é tão bonito!

    Beijo.

    ResponderExcluir
  4. Olá querido, tudo bem?
    Poxa adoro Caetano Veloso,ja adorei teu blog!!!!

    Beijão e volte sempre que eu irei voltar sempre também!!!

    ResponderExcluir
  5. Amigos,

    ser poeta não implica em escrever versos
    mas em ler o mundo com o sentimento poético

    e para quem trabalha pelo desenvolvimento
    do ser humano, a Poesia
    é um ferramenta eficiente...

    mas isso é a minha forma de pensar
    (talvez não seja nada disso...)


    um abraço!

    ResponderExcluir
  6. "Por força do hábito inda sonho"
    gostei tanto disso :))

    ResponderExcluir
  7. Hoje poderia roubar esse pedaço de ti: Hora vivo o verso de ontem
    Hoje acordo sem acordes na mão.
    Saudades... Bom final de semana!

    ResponderExcluir
  8. Pedro, quando li o verso "Fui poeta mil anos atrás" lembrei da frase do poeta Saint-John Perse: "O contemporâneo tem mil anos; o antigo tem cem anos".
    Rapaz, na verdade, acho que os artistas não escapam ao ciclo básico da vida: atingem um apogeu e depois começam a decair. Os mais longevos raramente conseguem evitar de se repetirem, mesmo os geniais, a não ser quando passam anos de jejum criativo.
    Quanto aos que você citou, creio que o melhor período deles já passou.

    Grande abraço.

    ResponderExcluir
  9. teu coração é de trovas, e troveja iluminação por cada canto da palavra. ser poeta prescinde do poema, é como um olhar enviesado do qual a gente nunca consegue se livrar,

    abração poeta de ribeira e ribeirão

    ResponderExcluir
  10. Quem isto não entende é porque não sabe o que vivemos...e o que presenciamos.
    Saudade sim e sempre das coisas boas, porque isso sim vicia.
    Lindas palavras Pedro, como de costume.
    bjo
    Ale

    ResponderExcluir
  11. Pedro,

    A gente sente saudade desses caras, mas acho que os entendo. Por ser compositora e ter ficado 10 anos na indústria fonográfica esmurrando as portas que se fecham em clãs, eu entendo essa "menor pausa".Eles são poetas do maior gabarito, mas não fazem bolo no estômago das gravadoras, ou seja, não vendem 1 milhão de cópias. O que move a venda são os descartáveis, as letras de apologias sujas, os bumbuns e outras partes, o que ilude a massa.
    Eles continuam com sua arte, mas longe da mídia mega consumista. É lamentável.
    Linda homenagem!!!!!
    Bjs

    ResponderExcluir
  12. Laríssima,
    Bonito demais é merecer sua escrita aqui, sabe?
    Você vem e o verso fica valendo a pauta, moça sensível do cerrado...

    Abraço de quem acha que nasceu poeta,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  13. Josi,
    Eu também adoro Caetano veloso muito mais que Caetano é adorado, seu som magnífico e maravilhoso é só alegria, alegria...
    E adorei mais ainda merecer você aqui neste quintalzinho de lembranças e ohmenagens...
    Volte sempre que tiver vontade, eu terei...

    Abraço com saudade já,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  14. Nikos,
    Perdão mas plagiei sua forma de pensar em relação a ser poeta.
    Até mesmo tenho um lema: se é poético, sou adepto.
    Prazerzão recebê-lo aqui, poeta.

    Abraço das Minas,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  15. Sara,
    E eu gosto imenso quando você vem ao Canto Geral, mina de Minas...
    Mais que por força do hábito, aguardo sempre uma visitinha linda e leve sua...

    Abraço de sonhador,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  16. Michelle,
    Você que já me deu a honraria maior de postar um poeminha meu - "Ponto e Vírgula" - à entrada do seu blogue, pode roubar o pedaço que quiser aqui, moça, e, assim, terá valido a pena cada pedacinho de poema que semeio e sonho pelo Canto Geral, esse pequeno jardim de lembranças cultivado a várias mãos...
    A casa é sua sempre, saiba...
    Cada acorde é sempre seu, roube...

    Abraço da cor da amizade,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  17. Pedro, Caetano é imortal e está à frente de seu tempo e da MPB.
    É só verificar a sua obra monumental.
    O filho de Dona Canô continua insuperável, assim como o seu poema.
    Abração da barra do rio Potengi.

    ResponderExcluir
  18. Marquinho,
    É que eu leio nos grandes artistas, e eles têm que ser grandes para isto, os responsáveis diretos pela grandeza de seu povo, para que daí surja uma Nação de verdade...
    E penso que um Caetano e um Chico e um Djavan e um Fagner e um Milton e um Gil e uma Gal e uma Elba e um Alceu Valença e um Renato Aragão e um Pelé e um Piquet e et lettera e tais, assentados no trono de seus apartamentos, têm força e poder de sobra para, além do ciclo criativo, não compactuarem, ainda que tacitamente, com o desmando político-global que nos é imposto goela abaixo, e falo principalmente da falta de Escola decente para cada brasileiro (a Educação por si já se resolve...), sem distinção de qualquer espécie...
    E nessa hora sinto uma saudade danada de um Geral do Vandré, poeta...
    De um Castro Alves...
    De um Afonsinho...
    E eu sou fã de Perse só pela frase dele que trouxeste aqui...
    E sou seu fã também, rapaz...

    Abraço mineiro,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  19. Assis,
    Lembraste-me os versos enviesados de Florbela, sem nenhum laivo de comparação:

    Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
    Do que os homens! Morder como quem beija!
    É ser mendigo e dar como quem seja
    Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!

    É ter de mil desejos o esplendor
    E não saber sequer que se deseja!
    É ter cá dentro um astro que flameja,
    É ter garras e asas de condor!

    É ter fome, é ter sede de Infinito!
    Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
    É condensar o mundo num só grito!

    E é amar-te, assim, perdidamente...
    É seres alma, e sangue, e vida em mim
    E dizê-lo cantando a toda a gente!

    *

    Abraço 'menor',
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  20. Ale,
    Saudade das coisas boas? Saudade de você aqui, então!
    Linda sua presença, como sempre. Viciante como um acorde maior de Caetano, como "Oração ao Tempo" por exemplo, templo de rara devoção...

    Abraço viciado,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  21. Ira,
    Gostava imenso de conhecer alguma ciosa coisa tua...
    Sim, entendo esse lado que você aponta...
    Mas ainda acho que todo "artista tem que ir aonde o povo está..."
    Sinto falta deles na minha cidade, por exemplo...
    Estão meio encastelados todos, ou o ciclo criativo ficou nos 60/70, como observou o Marcantonio poucas linhas acima...
    Mas isso é pra ser uma homenagem, e o blogue fica mais leve e flutuante prenhe de loas, e Caetano as merece mais do que eu possa oferecer...
    Fica a intenção, que valha a intenção...
    É sempre uma honraria maior receber você aqui, futura parceira qu'inda hei de seduzir (manda o mote, moça...)...

    Abraço mineiro,
    Pedro Ramúcio.

    Abraço

    ResponderExcluir
  22. Paulo,
    Sou fã de ser fã de quem também é fã de Caetano, poeta...
    Obra monumental sim, mil vezes monumental; magnífica, pra dizer o mínimo...
    Receber você aqui, aí é um milhão de vezes monumental, rapaz...
    Quando eu for a Natal vou querer te conhecer, combinado? E Minas é tão perto...

    Abraço ainda que distante,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  23. deve haver pausas mas nunca uma pausa eterna..
    poetas sempre são poetas ;x

    beijos :**

    ResponderExcluir
  24. Pausas podem ocorrer mas acho que nunca uma pausa eterna, pois poetas sempre serão poetas ;x

    beijoos

    ResponderExcluir
  25. Isabele,
    Entre pausas e pautas, o poeta também sobrevive nas entrelinhas, moça sensível e simpática de Rondônia...
    Fico muito contente por merecer-te aqui em terras mineiras, volte mais vezes...

    Abraço do interior,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  26. Paulo,
    Fica marcado então...
    Pra quando mesmo? Há de chegar, poeta! Há de chegar ontem!

    Abraço apressado,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  27. Agora canto torto, saudade ensina
    A glória é uma camisa-de-força

    Por força do hábito inda sonho
    Estrelas caídas no chão
    Hora vivo o verso de ontem
    Hoje acordo sem acordes na mão

    ResponderExcluir
  28. Vai poeta, porque é poeta.
    E que poeta!

    ResponderExcluir
  29. Andressa,
    Saiba que me é honraria maior merecer-te neste pequenino jardim de homenagens e lembranças ainda em flor...
    Volta sempre que der saudade, a casa será sempre tua, moça in Irlanda...
    Por dizer de saudade, a poezia parece flor que dá nos corações...
    Fiquei muito contente e gratificado imenso pela visita, saibas...

    Abraço de mim de Minas,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  30. Saudades do Chico compositor também.
    Entretanto este não ficou parado. Poucas canções (já que mataram-na), mas encontrou-se na prosa.
    Já Caetano (que tb gosto muito), está a falar demais e compor pouco.
    Talvez a fonte da inspiração não seja eterna.
    Ficou mesmo um vácuo...

    Mas ambos são grandes poetas, assim como você.

    Feliz de tudo por merecer sua visita na minha casa, Pedro.
    Bj

    ResponderExcluir
  31. Rossana,
    A felicidade é toda minha, cantora apaixonada de São José dos Campos, arquiteta e poeta de lindos traços, por merecer uma visita sua, uai...
    Pra tentar ser exato, fiquei foi feliz demais da conta, sô...
    O Chico escritor conheço pouco ainda, mas sei que ele faz romances...
    De Caetano li recentemente "Verdade Tropical", na verdade uma autobiografia, e não sei se o releria (há páginas dispensáveis...)...
    E eu sou um humilde rabiscador de quimeras...

    Abraço de Minas,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  32. "Vou poeta porque fui poeta
    Ainda é de trovas meu coração!"

    A grande verdade é que somos movidos pela emoção, sem ela não há corpo nem mente que trabalhem bem; é esse toque de sentidos que movimenta o desenho de uma poesia, pintura, música ou dança...

    O contrário disso é uma frágil e melancólica sobrevida.

    Um beijo do sul de Minas!

    ResponderExcluir
  33. concordo tanto que fiquei a pensar que talvez eu também sou amadora porque fui amante. e sinto o vazio e não mais admiração por esses criadores.

    ResponderExcluir
  34. Mas sempre estarão vivas as canções, para nunca esquecer aquilo que foi...
    beijos.

    ResponderExcluir
  35. Pedro,
    acho mesmo que há pausas na criação, embora não as haja no coração. E também creio que toda grande obra é via de mão dupla, do mesmo jeito que traz a glória, pode castrar a inspiração. Difícil criar à sombra de uma grande obra já exposta, ainda mais se a única preocupação for criar outra que agrade mais.
    Mas estes artistas que se fizeram tão grandes talvez pudessem sim influenciar de outra forma, trazendo o peso de seus nomes em prol de uma sociedade melhor. Mas, talvez também estejam ocupados demais tentando manter suas imagens, para pensar nisso.

    Mas uma coisa eu sei, tu segues poeta, com um coração de lindas trovas.

    grande abraço, moço!

    ResponderExcluir
  36. Lívia,
    Recebo sua visita e sinto a grande emoção ("toque de sentidos" - gostei imenso...) de merecer você aqui, moça de pensamento inquieto do sul de Minas...
    E só lhe posso pedir que pinte, dance, poete, musique, desenhe e borde sempre pelo Canto Geral, pequeno jardim de lembranças que precisa ser cuidado a várias mãos...
    E Caetano emocionou com sua arte, foi gigante e nunca deixará de ser, ou de ter sido...

    Abraço emocionado,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  37. Maria,
    É que admiração requer renovação de brilho constante, obra ou autor tem que estar perene, se não fica só o respeito distante...
    É isso: hoje sinto que respeito Caetano e Chico e cia., mas não os admiro como ontem amava-os...
    Resumindo a ópera do malandro: demais, vira bicho...
    Você me fez feliz ao vir, volte sempre que tiver vontade, moça sensível de Taubaté...

    Abraço com admiração,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  38. Lury,
    E certas canções (como "Certas Canções" na voz do Milton...) são mesmo eternas, e eu também adoro "Como Nossos Pais", que eu vi lá no seu 'velha novidade', uma das maiores interpretações que alguém já deu a uma obra de arte, a parte o que me toca Elis Regina...
    Foi, como sempre será, uma linda melodia merecer você aqui no meu cantinho feito de conversas boas e meus versos nem tanto...
    Até a próxima? Estarei esperando, caetaneando e djavaneando então...

    Abraço de mim de Minas,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  39. Andrea,
    O próprio Caetano alertou sobre "a força da grana que ergue e destroi coisas belas"...
    Arte não combina com fama, glória, vaidades vãs e passageiras...
    Adoniran Barbosa por exemplo, e um exemplo exemplar, não é só um "Trem das Onze" porque ele nunca embarcou em cruzeiros de luxo, em iates de um milhão, e tudo o que ele criou tem a marca indiscutível da genialidade, da verdade, da entrega e do amor ao samba...
    Querem glória? Serão Michael Jackson...
    Mas quando cito Caetano e Chico e Milton e Gil - os quatro cavaleiros do apocalypso -, é tão-somente porque deles deveria partir o grito de indignação (não apenas elegantes canções de protesto...) com (des)respeito aos desmandos políticos a que seu público - nós, por exemplo - é submetido...
    Senão eles, quem nos poderá defender?
    __ O Chapolin Vermelho!!!
    Rerresumindo a ópera dos malandros: demais, viram "Bichos Artistas", mas isso já é razão para uma próxima postagem...
    O que me vale agora é a alegria imensa de receber-te neste humilde quintal de quimeras, moça sensível e talentosa de Caxias do Sul...

    Abraço allegro ma non troppo,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  40. amigo pedro,
    os poetas, ao contrário do comum dos mortais, não envelhecem e, ao morrerem, apenas fecham os olhos... porque querem voltar a nascer.
    um forte abraço!

    ResponderExcluir
  41. É um grande prazer visitar este BLOG e escolher para o Prêmio Especial 25 BLOGS.

    endereço http://historianovest.blogspot.com/2010/08/premio-especial-blog-da-semana.html

    abraços e Parabéns

    ResponderExcluir
  42. Vim agradecer a visita no meu niver e trazer um pedaço do bolo.Quer? rsrs

    Sobre o Bardo baiano...Talvez todos os Bardos tenham o tempo de se recolherem, a poesia é eterna, mas o poetizar é perene...

    Murcha se não regado, podado e entoado.

    Não sei se é o caso dele, talvez ele apenas esteja na crise mesmo rsrsrs

    Quanto ao teu poema: belo!

    Eu sou poeta porque fui poeta? Não sei...Hoje confesso: me sinto menos poeta.Já pensei em parar, já pensei em calar o canto.

    Mas não somos poetas porque fomos poetas, somos poetas porque a poesia vive em nós e "Ainda é de trovas meu coração!" Então não paro, continuo e espero a fase passar.

    Seja mui bem vindo a minha casa.

    Milhões de beijos

    ResponderExcluir
  43. Jorgíssimo,
    Roberto Mendes, um dos maiores músicos do mundo, e compositor também, poeta com as cordas do violão, disse-me uma eterna vez, na sala da casa dele, a quem eu ainda terei a honra de retribuir o carinho e a hospitalidade, ele que é fã do nosso Pessoa, de quem já musicou lindamente um poema que Maria Bethânia, a grande dama do drama em música da Música Brasileira gravou, ele disse-me assim:
    __ Os poetas são os seres mais próximos de Deus!
    Eu fiquei tão feliz de ouvir isso, porque eu me sinto tão leve na companhia dos poetas...
    Por isso quando você vem aqui eu chego a flutuar, amigo sensível do Minho que me ensina a levitar...
    E o Roberto Lima está meio sumido, você tem notado? A bem da verdade, sinto já a falta da leveza dos dizeres indeléveis dele, aqui e nos outros blogues que ele costuma enfeitar com sua prosa boa...
    A ver se ele aparece, vamos...
    A ver vamos...

    Abraço mais que prezado,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  44. Eduardo,
    Um prêmio pr'esse pequeno quintal de quimeras cultivado a várias mãos amigas?
    Uai, seu moço do "História Viva" e "outros blogues" bons demais da conta, a gente nem sabe se merece, mas ser lembrado e citado por você é sempre uma honraria maior...
    Fica aqui o mais sincero agradecimento por tamanha deferência...
    Obrigado pelo carinho e zelo, selos da amizade...

    Abraço selado,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  45. Juliana,
    "O poetizar é perene..."
    Não cales nunca teu canto, moça sincera e sensível de Campina Grande, poezia é soluço e sopro, e a raiz das palavras brota dentro do peito, esse território sagrado do sentimento...
    Parabéns mais uma vez pelo níver! Será que assim ainda ganho um pedaço do bolo (rsrs)? Parabéns de novo, e sempre!
    Deixei um pouquinho de Caetano lá no "reticências" pra que voltes sempre aqui, sim?
    É-me honraria maior merecer-te neste pequenino quintal de quimeras, saibas desde sempre...

    Abraço de uma esquina de Minas,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  46. Pedro,

    Assim como o vento vai e volta, tenha certeza que vou voltar!

    E vc também, não pare nunca de cantar viu? Entoa teu canto e encanto.

    Assim o poetizar irá florescer nos teus escritos. E uma hora ou outra eu passo aqui pra colher.

    Milhões de beijos.

    ResponderExcluir
  47. Juliana,
    Então tá combinado, moça sensível e simpática da Paraíba, visitaremo-nos sempre em poezia, não apagaremos a estrada que esse caminhar já desenhou...
    Feliz níver de novo, e volte sempre que o vento te lembrar...
    Estarei-me sempre lembrando também...

    Abraços mil,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  48. amigo pedro,
    já notei a ausência do roberto, sim, mas consegui trocar um e-mail com ele. está bem e dentro em breve tê-lo-emos de novo por cá. a bem da blogosfera e dos seus amigos que já não passam sem ele.
    um forte abraço!

    ResponderExcluir
  49. Jorgíssimo,
    Bela notícia, amigo, belíssima notícia...
    Fico feliz e tranquilizado, pois o Roberto está mesmo a fazer falta à blogosfera...
    Bom saber que a saudade dele já tem horas contadas pra acabar, poeta...
    Você e ele já viraram patrimônio público, agora que se aguentem com a responsabilidade, oras...

    Abraço de aqui de Valadares aos dois,
    Eu.

    ResponderExcluir
  50. A poesia - a criatividade! - dá uma pausa. Pode ser por uns vinte dias ou vinte anos - se tiver que voltar, volta a toda. Não é questão de idade... É como se o motor estivesse carregando a bateria.
    Um grande abraço.

    ResponderExcluir
  51. Brandão,
    Que brandem os versos quando tiverem que brandir então, sejam a vida toda ou sejam a toda vida, mas que brandem um verão ou meia primavera, amigo...
    Grato por brandires tua visita no Canto Geral, pequeno quintal de quimeras...

    Abraço brandido,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  52. da rama,

    onde é que ocê tava que não foi ver eu e líria nesse fim de semana homi?

    ó,
    a poesia sempre amanhecerá entre suas mãos, isso é de lei!
    em outubro não tem perdão hein?
    a gente se esbarra...

    forte abraço com.pão.nheiro!
    ft

    ResponderExcluir
  53. Uai, Fouad:
    O que que ocê e a Líria fizeram nesse fim de semana, que eu nem fiquei sabendo, sô?
    Eu tava garradin aqui em Valadares cuidando da vida, moço!
    Outubro, pego um trem e tô aí: é só mandar dizer que pode, amigo. Do contrário, vou assim mesmo...
    Rapaz, parabéns pelo Tertúlia. Eu daqui fico com água na boca a cada fornada de versos cada dois melhor que três, já virei freguês de comprar fiado todo dia e a caderneta já tá cheínha...
    Mas cortem meu crédito não, hein!

    Abraço desembrulhado,
    Darrama.

    ResponderExcluir
  54. Uma vez poeta, sempre poeta, Pedro.

    Adorei ver você lá no blog.
    Um abração.

    ResponderExcluir
  55. Talvez poetas sejam sempre poetas, talvez.

    ResponderExcluir
  56. Dade,
    Eu já sentia falta de te fazer uma visita, mas como diz a canção no sinal fechado, é a alma dos negócios, embora eu prefira o ócio do ofício, aos ossos do mesmo...
    Quanto a Caetano, ele é inquestionável como artista do som e da palavra, ao meu sentir. O que sinto, sem ressentimentos, noutra ponta, é nenhum retorno ao público que lhe é fiel, em se falando de posicionamento político e social...
    Mas esteticamente ele é perfeito, o que pode ser muito e pode ser pouco. A mim não me basta que um grande artista seja apenas um grande artista: ele pode mais, se quiser...
    E nesse quesito, tiro o chapéu mais prum Jorge Kajuru...
    Sua visita enche este blogue de alegria, moça, volte sempre que tiver vontade...

    Abraço prenhe de emoção,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  57. Vanessa,
    Este cantinho da blogosfera respira feliz sempre que merece umas palavrinhas tuas, moça de sorriso amplo in Rio de Janeiro...
    Sim, poetas serão sempre poetas...
    E Castro Alves será sempre o poeta dos escravos...
    Penso que um dom não é dado de graça, e ninguém é escolhido antena da raça aleatoriamente...
    Tem muito malandro por aí que não passa de bicho-artista, querendo apenas fama e muita grana pra se deitar em cama macia, enquanto alguns honoráveis bandidos fazem da política, que também deveria ser uma arte, o mais sujo poleiro, e a nata da malandragem finge simplesmente que não sabe e nunca viu...
    Sinceramente eu esperava mais de um Gilberto Gil como ministro, além de infindas viagens culturais...
    Mas não posso deixar de chorar de emoção aos pés de um "Domingo no Parque", nem uma "Procissão", nem um "Cálice" (por quê calou?) e tantas outras infinitas canções, que eu tenho que reticenciar mais que nunca este parágrafo...
    Mas, talvez aqui não seja palco nem palanque adequado para certas discussões, humildemente peço perdão...
    Como peço que venhas mais vezes, se tiveres vontade...

    Abraço mineiro,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  58. Pedro,


    sua constatação de que "a glória é uma camisa de força" imediatamente aciona a vacina de que é melhor ser de trovas o coração.

    Quanto a Caetano e Chico, acho que o primeiro sempre teve pouco a dizer. Enquanto o Buarque eu amo, das músicas aos livros, em especial Benjamim e Budapeste.

    Forte abraço!

    ResponderExcluir
  59. Nanini,
    O Chico é unanimidade inteligente, amigo...
    O Caetano, seria uma verdade tropical?
    São dois gênios e a música ganhou muito-tudo com eles...
    Embora este rabiscador de quimeras também ame o Vandré, contemporâneo de ambos, de quem pouco-nada falam...
    E sempre fico muito orgulhoso, acho que é essa a palavra, por merecer suas palavras no Canto Geral, pequeno quintal de quimeras, poeta sensível de Botelhos...
    Sempre que posso estou-me de olho em seus lances e relances também, régua e compasso...

    Abraço forte,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  60. Olá, moço. Primeiramente lhe parabenizo por este espaço cheio de boniteza...

    O homem vai e sua obra fica. Na minha opinião, Caetano, Gil, Chico (a quem amo de paixão!) e tantos outros que já produziram tanta coisa bacana pra gente, nem merecem ser questionados. Concordo com o colega que disse que poesia é muito mais que palavras. Poesia é o sensível do olhar. Poeta é quem tem olhos para a beleza. E isso nasce com eles, e isso nasceu com você... Às vezes as palavras fogem mesmo, então nos resta sentir...

    Obrigada pela visita,

    Gostei daqui!

    ResponderExcluir
  61. Moço, adorei teus escritos!!!

    Acho qua não dá "menopausa" em poeta, talvez uma menor causa pela qual escrever. De uns tempos pra cá, as causas parecem um tanto perdidas...
    Mas ainda bem que a poesia não tem prazo de validade, e tudo que foi escrito e cantado antes continuará encantando pela eternidade.

    Voltarei sempre, viu!
    Um abraço

    ResponderExcluir
  62. da rama,
    escutei (e escuto) muita música de caetano.
    ultimamente ando com preguiça do cara... dos discos mais recentes... da ditadura de caetano... das bobagens que ele tem dito (depois que ele disse que carlinhos brown é um dos maiores "pensadores" do brasil de hoje, então... aí é que chupei um cento de manga... putz... estamos precisando pensar mais, da rama... muito mais... e caetano, gênio durante muito tempo, necessitando ser menos marqueteiro, e mais artista, na acepção da palavra)...

    e, hoje, estava escutando o cd recente de djavan (ária... conhece?) e essa sua versão, em formato mínimo (e ficou imensa), de "oração ao tempo"... e fiquei matutando sobre o quão iluminado foi (?) o compositor caetano veloso...

    perdi o medo dele, sabia?
    mas não a admiração, no sentido mais profundo do admirar.

    confuso? nem tanto.

    beijão,

    r.

    ResponderExcluir
  63. ps atrasadíssimo:

    já te mandei a versão musicada de Perdidamente?

    como diria o assis, é de torar.

    beijão,

    r.

    ResponderExcluir
  64. Isabele,
    Obrigadíssimo por vires me visitar, esse é o combustível certo que sustenta o blogue...
    Questionar? Nasci com essa mania. Mas nunca fui do contra apenas para ser do contra, apenas facilmente entro pelo viés dos por quês, e quando vejo já estou numa quase-tourada sempre, e o touro nunca sois mim, e minha capa-e-espada são de sempre as palavras...
    Resumindo o tango: adoro uma discussão, ou um bom debate, melhor dizendo. E quanto a Caetano, mineiramente digo: ele poderia querer ser mais como cidadão; como poeta, me calo um século ante a arte dele...
    Gil, idem...
    Chico eu também amo de loucura e paixão, sou fã de ser fã de quem é fã dele, moça...
    Gostei demais que tenhas gostado daqui... Visitemo-nos, pois, sempre em poezia...

    Abraço gradecidíssimo,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  65. Pólen,
    Fico feliz com sua vinda a esse pequeno jardim de lembranças e homenagens, aliás, fico muito mais que muito feliz...
    Causas para escrever sempre hão de existir, enquanto tiver um homem sobre a superfície da Terra, creio eu com meus botões. Então o que é a corrupção que nocauteia o Congresso Nacional e todas as Assembleias e Câmaras Legislativas país afora? O que é um Sarney infiltrado em tudo de mais podre e vil (onde já civil?) que a política pôde gerar, há meio século neste "país grande e bobo"? O que foi o mensalão, que ainda é? A CPI da Nike e CBF que não deu em nada? E por aí vai num lodo sem fim, e, destarte, a arte muda e calada, essencialmente os poetas de plantão. Não entendo, sinceramente...
    Falta alguém desfraldar a bandeira, mas este alguém teria que ser já um estandarte, ou não também, porque se o tornaria...
    Poezia não tem mesmo prazo de validade, vide o "Navio Negreiro" de Castro Alves e outras loas mais à Liberdade nunca tardia...
    Ainda bem, né!
    E se você diz que voltará sempre, fico feliz e estarei aguardando sua visita a cada postagem que eu conseguir semear aqui, creia-me...

    Abraço polinitizado,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  66. Delima,
    Conheço essa ária do Djavan ainda não, rapaz. Eu que num perdia uma dele, e de tantos outros...
    Pra seu espanto, até hoje não tenho o pop-roça do Tadeu, posso?
    Caetano há tempos não me ilude nem me faz sonhar quimeras mil, muito principalmente quando o ouço querendo ser filósofo da pós-modernidade, ele que parece não saber que a banda passou...
    Confuso, você? Nunca, pelo menos acho que o entendo bem...
    E "Oração ao Tempo" é de me pôr de joelhos, cronista, toda vez que a ouço e soluço aos seus versos...
    Por essa e outras é que ponho na conta do grande bardo santamarense uma postura atual mais elevada, mais digna até eu diria...
    Vou cobrar isso dum Zé di Camargo e Cia Limitada, na acepção exata da expressão?
    "Perdidamente"? Manda, se não eu fico!

    Feliz por te merecer novamente neste "minifúndio de afetos", sabes bem:
    Darrama...

    ResponderExcluir
  67. Roberto,
    Quem primeiramente me deu a honra de comentar nessa postagem foi o Herculano Neto, santamarense e parceiro de Roberto Mendes. Quando você puder, passe pelo "Por que você faz poema?", o blogue interessantíssimo dele, aliás como tudo o que ele propõe e faz, e tenho certeza de que você vai gostar imenso, como de todas as vezes em que me vou até lá lê-lo...
    Fica a sugestão, e pode me cobrar depois...

    Abraço da ribeira do Rio Doce,
    Das ramas.

    ResponderExcluir
  68. vou visitar... mas acho até que já "persigo" o blog do herculano.

    ó, ontem escutei o mater do novo disco do renato braz, a quatro mãos com o ex-boca livre zé renato...

    vai sair em cd/dvd... e voce vai se emocionar.
    ficou lindo, da rama. l-i-n-d-o!

    vu te mandar "perdidamente".
    me aguarde.

    beijao,
    r.

    ResponderExcluir
  69. fiquei no mínimo perdida aqui no meio de tantos comentários, e para não me tornar repetitiva, digo apenas que adoro quando você cria algo do nada, como 'menopausa' - menor pausa. é muito inspirador isso aqui, no Geral.
    Abraço.

    ResponderExcluir
  70. Se é pra filosofar [leia-se, viajar na maionese] nunca pensou, meu caro Ramúcio que a arte de alguns camaradas que provaram os anos mais duros caiu - também - em virtude disso? Chico tem escrito muitos livros e tal, mas boa música de veia como antes... Caetano idem... não creio seja um problema dos caracóis ou dos cachos dos cabelos e da cuca sob eles, mas do mote, do móvel... a boa arte pode ser produzida de inspirações positivas ou negativas, mas os sentimentos [tidos como] negativos: dor, saudade, ardor e feridas de toda a sorte da alma - sempre - têm produzido boa arte... viajei d+?

    ResponderExcluir
  71. concordo com teu texto...
    mas o bom da arte é que ela permanece intacta, eterniza...

    bjok

    ResponderExcluir
  72. Expressou com perfeição!

    Bom início de semana!
    =D

    ResponderExcluir
  73. Delima,
    Já à notícia me emociono dum disco novo dos dois Renatos juntos, poeta, e você diz que está l-i-n-d-o e eu fico doido pra poder ouvir...
    Recebi a "Oração..." com o Djavan, valeu: vou curtir, claro. Essa canção é joia rara da mais pura inspiração, verdadeiro sopro dos céus, bafejo bom...
    "Perdidamente" ainda não veio...
    Herculano vale sempre uma espiadela, é causador...
    E que virada celestina ontem, hein!!!
    E que desvirada alvinegra, tá negra a coisa!!!
    Só ouvindo Djavan pra amenizar!!!

    Abração bem grandão,
    Darrama.

    ResponderExcluir
  74. da rama,
    to mandando perdidamente na interpretaçao de luis represas, do finado grupo trovante, de portugal.

    espero que goste.
    o disco do renato ta lindo, algumas belas regravaçoes de Capoeira do Arnaldo, A Hora e A Vez, Pondo de Encontro (parceria do milton com o zé renato... lindíssima)... e aquela de dori caymmi, que deveria ser um hino alternativo... Desenredo... preciosa...
    e tudo no formato mínimo... dois violões, contra-baixo e percussão (tocada por renato).

    a virada de antonte? o que dizer?

    rapaz, eu tinha falado que ia ficar uns dois meses sem biritar. dei conta não...rs

    esse montillo foi (mais) uma rasteira dos perrela no kalil, que "ganhou" (será?) a disputa por diego souza... e o cruzeiro teve que se "contentar"com o argentino... mas ainda é cedo, né?

    eu achei lindo...rs

    beijao,

    r.

    ResponderExcluir
  75. ah, tinha esquecido de dizer que concordo com o francisco... mas tem uma turma do bloco intermediário (geradinho azevedo, kleiton e kledir, alceu valença... so pra citar alguns) que continua produzindo muita coisa legal.

    milton fez um discaço na ultima década (nascimento), mas parece ter voltado pra entressafra (é assim que se enscreve isto?)...

    todos os dias acordo achando que vai pintar um novo grande disco de caetano, de chico... por aí... e volto a adormecer sem ele...

    falei.

    r.

    ResponderExcluir
  76. Suellen,
    Em meio a tantos comentários, é muitíssimo muito bom deparar-me com um teu, moça sensível do cerrado e do Triângulo de Minas...
    E sem a menor pausa te digo que adorei merecer tua imensa visita aqui no Geral, e, para continuar merecendo a honra, tentarei vezes em quando criar 'algo do nada' tipo me equilibrando bambo pelas sílabas silenciosas da palavra a-fe-to...
    Sou grato por receber-te nesse humilde jardim de lembranças...

    Abraço a-fe-tu-o-sís-si-mo,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  77. Francisco,
    Você não viajou d+, não. Também corroboro seu pensamento sensível, rapaz: a dor, a perda, a tristeza, a tragédia (ou a ideia de) tornam a veia artística mais propícia a canalizar belas obras...
    Só não entendo quando é que um ser vivente sobre a supercície íngreme da Terra deixa de passar um dia por atribulações, sejam elas de qual natureza forem, pessoais ou não...
    Os anos duros são e serão todos os anos, amiguinho, e a arte bem produzida é que trata de amenizá-los, na medida de sua grandiosidade. Permita-me: aos reis bem coroados dos festivais, não lhes causa estupefação, por exemplo, os bebês que morrerram em série, bem recentemente, no Pará, logo ali no Pará?
    Mas é claro que eles cumpriram seus papéis contra os generalecos da ditadura, e tem mais crédito do que saldo devedor. Talvez lhes tenha faltado quem os sucedessem à altura, e aí o buraco é mais
    e
    m
    b
    a
    i
    x
    o, moço...
    Paro por aqui, se não fico maçante. E lhe não quero ser um estorvo nem em pensamento....
    Tratemos sempre de amenidades, Francisco, que elas nos caem perfeitamente sempre. Um sorriso vale toda manhã...
    Fiquei grato de imenso por tê-lo aqui, saiba. E volte sempre que quiser...

    Abraço leve,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  78. Déborah,
    O que seria de nós, pobres mortais, sem a arte? Talvez apenas pobres mortais...
    É verdade o que dizes: sinto-me meio que eternizado quando leio um "Soneto de Fidelidade", por exemplo...

    Abraço poético,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  79. Juliana,
    A mais pura expressão da perfeição é saber-me merecedor da tua vinda leve e linda neste pequenino quintal de quimeras, moça expressiva de Florianópolis...
    O resto são cinzas de uns versos que vez em quando cometo, minha forma de não endoidecer...
    Grato pela visita sempre...

    Abraço de mim de Minas,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  80. Delima,
    "Desenredo"? Também enredo-me pela aí, rapaz...
    Quanto a todo o fazer poético, talvez 'conquistar seja pesado como envelhecer', feito eu disse num poeminha estreito de que eu, longe de qualquer vitupério, gosto muito de tê-lo escrito. E como cobrar que um Chico Anysio ou Buarque sejam esteticamente infalíveis? A mim me vale que uma Geni e um Tim Tones tenham sido gerados por eles um dia, cronista das frases mais lindas...
    E que saudade do Reinaldo e do Telê! Hoje os at(r)eticanos (como queira) não têm nem um tostão deles...
    Um grande disco? Tem Roberto Mendes no forno...
    Se ocê aceitar minha milpe companhia, em outubro vamos ouvir o violão mágico dele de pertinho, com direito a uma prosa pra lá de Guimarães Rosa...

    Abraço do grande sertão que vez em quando fica no seu Valadão,
    Darrama.

    ResponderExcluir
  81. Não lí os posts anteriores, sem tempo para tanto...
    Passei pra "cobrar" do amigo, visita lá em casa!
    Tem café, pão de queijo, moda de viola, rock in roll se quiser, Bocelli, e até um "vasim" de margaridas que acabei de colher do jardim, (do vizinho)...rs

    sem beijo, sem abraço, sem sorriso!!
    ...mas com amizade, essa indiscutível! :-)

    ResponderExcluir
  82. Verdade... o Chico então, nem se fala! Parece que com final da ditadura acabou-se sua inspiração... pena!!!

    Bjs.

    ResponderExcluir
  83. Márcia,
    O tempo tem estado artigo raro pra ambos nós dois então, uai...
    Tô na correria, como se me dizem aqui...
    Tenho até visitado os amigos, você sempre passo em casa, mas postar e comentar tem sido menos frequente do que eu gostaria, gozaria...
    Abro mão do café, do pão de queijo, da viola, do roque, das margaridas colhidas no jardim do vizinho, é nunca, amiguinha meiga minha...
    Afagos nunca me farão mal, nem receber nem dar...

    Abraço mineirin,
    Pedrim.

    ResponderExcluir
  84. Flor,
    Será que Chico e Caetano já deram tudo o que poderiam? Creio não!
    Em verdade te digo que meu coração vagabundo não se cansa de ter esperança de que ambos os dois e outros cinco mais tenham uma "recaída" vez em quando...
    Saibas que é sempre um prazer merecer-te aqui...

    Abraço grande,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  85. Chérie, vi seu texto em meu Blog. Adorei! Por isso, vim aqui pra te seguir. Blog bacana!

    ResponderExcluir
  86. Jardel,
    De ter e manter o blogue, o maior barato pra mim é essa possibilidade de visitarmo-nos uns aos outros assim do nada, inesperadamente descobertos...
    Tenho feito alguns vínculos interessantíssimos de afinidades sem outra finalidade que não a troca sincera dessas mesmas afinidades, quiçá resultem em amizades (torço muito...)...
    E a torcida já tem dado resultados, junte-se...
    Muito bom merecer sua visita, rapaz, e tê-lo podido visitar também...

    Abraço mineiro,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  87. Também eu, por força do hábito, continuo a sonhar (adorei!). Já gostei mais de Caetano do que gosto hoje ( envelheceu ele ou fui eu?). Chico, por outro lado, será sempre minha paixão enrustida ( se bem que ultimamente ando arrastando o olho pro lado Z do Zeca Baleiro). Muito bom, Pedro. Adorei. Bjs

    ResponderExcluir
  88. Maria Paula,
    Há de ser contínuo todo nosso sonhar, moça sensível e simpática que eu conheci no Tertúlia, que ora me dás a honraria maior de um visita...
    O canto de Caetano, a meu ver e sentir, já se fez eterno, sampa sampleado ad infinitum. O que ele parou foi de sentir saudade do passado e do futuro, desinundou-se como artista, nenhum desafio maior o demove da costa rica, pra não dizer milionária, em que ele transformou sua São Salvador, deixada Santo Amaro cada vez mais pra trás, errante cais de Araújo Pinho; nenhuma parceria ímpar a mais com Milton, nenhuma outra oração ao tempo, ainda que Lobão não tenha razão, sua vazão poética fechou-se, a velha MPB isolou-se...
    Chico é melhor não perguntar se é de carne e osso, e vai virar pó? Também se lhe morreu qualquer desafio (da água, é a sede...) para compor alguma magistral canção; dizem que é um grande escritor, do que não duvido...
    Baleiro, de quem também sou fã, não faz ainda parte desse clã, tampouco o Djavan. Os quatro cavaleiros do Olimp(b)o hão de ser sempre Chico, Caetano, Gil e Milton? Não assino embaixo, estico a lista para o bem geral da nação musical brasileira. Nem de longe RC pra mim é rei, se Erasmo não poderia ser sequer príncipe...
    Sem intenção de discurso, mas feliz demais com sua vinda, espero que volte outras vezes a esse pequeno quintal de quimeras...

    Abraço longo,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir