sábado, 19 de junho de 2010

PONTO E VÍRGULA

Sabe aquelas vezes que você escreve em puro estado de febre, e, vãs, as palavras vão brotando involuntárias de suas mãos ávidas por descansar do dédalo que habita o teclado do computador? Estes estranhos e aninhados versos nasceram-me assim, baixados do céu ou levantados do chão, não sei ao certo, só sei que essa febre quando passa dá de novo...

Quanto tempo casto gasto pra fazer o verso

Que só faço quando lasso enlaço a lua?

Quantas rimas primas principio do precipício

Mas antes do fio o poema já chegou ao fim?

Quantos rostos toscos ponho face a face

Com o espelho do Evangelho e nasce um beijo?

Quantas palavras gastas no cio e no silêncio

Mas quando balbucio crio uma orgia de almas?

Quantas histórias desbotadas pela tinta da memória

Repinto num pedaço de papel de mim poeta?

Quantos músculos exaustos gesticulo e pulo

Por cima do mais alto muro que não cerca a poesia?

Quantos livros em branco arranco as páginas

E preencho com romances dignos de Dostoiévski?

Quantos títulos vitalícios invento sem intento

De me tornar autor de clássicos de qualquer espécie?

Quantas estrofes esquizofrênicas saltam dos meus dedos

Longos longe de eu ser uma Cecília Meireles?

Quantos cantos eternos, efêmeros ou meros

Alexandrinos miro sem a mira de um Dante ou Homero?

Quantos decassílabos esmiúço amiúde e jamais

Pude comparar-me um centímetro com Vitor Hugo?

Quantos heterônimos reais recriei ao meu redor

Fingindo para mim mesmo que eu paria Pessoas?

Paro aqui estas interrogações quase infinitas

E aborto o poema, ou repontuo-o de vãs exclamativas?


Quem me dera agora eu tivesse uma viola pra cantar!


(Dedicado a José Saramago,

que nos deixou dia 18 de junho último)


(Pedro Ramúcio)

74 comentários:

  1. a foto, parece pintura ter sido feita a óleo... de goya.


    o poema, escrito a carvão.
    beijão,
    r.

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  2. Roberto,
    Bão demais te ouvir aqui, poeta. Melhor que pão de queijo quentinho no frio que tá fazendo no Valadão.
    E Saramago foi mesmo pintado a ólheos, amigo, enxergava demais esse mecânico das almas...

    Abraço com ressaca de gripe,
    Ramúcio.

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  3. Que estado febril que trnaspirou tanta beleza, heim? Febre que dá de novo: que bom!
    Abraços, Poeta! Bela homenagem ao Saramago...
    Tânia

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  4. Depois deste ponto e vírgula não vou abrir dois pontos. Exacto e tactil o poema. Maravilha de homenagem.

    abração

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  5. Do aborto abortado restou essa beleza plenamente formada, mesmo se transformada por exclamações. E com exclamações contribuo eu: bom demais!!!!

    Abraço!

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  6. Cara, febre assim eu queria muitas!

    grande abraço

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  7. Tânia,
    Que bom é merecer você aqui!
    Saramago? Um mago, um mágico, um megaescritor...
    E nem precisava de Nobel, e ele sabia disso...
    Já eu preciso você sempre aqui, moça lírica de Soterópolis...
    Preciso Saramago, amigos e girassol...

    Abraço e febre,
    Pedro Ramúcio.

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  8. Assis,
    Você sempre tão gentil com este raso escriba (o "raso" roubei ao Roberto), e nem sei se mereço tanto, poeta. No entanto, aceito o exacto objeto da sua amizade maior...
    Quando o elogio vem de um poeta: o outro se cala contente...

    Abraço nunca reticente,
    Pedro Ramúcio.

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  9. Marcantônio,
    Exclamo eu de alegria por merecê-lo aqui com tanto zelo e cuidados!!!
    Obrigado, amigo. Obrigados!!!

    Abraço fecundo,
    Pedro Ramúcio.

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  10. Adriano,
    Minha anti-farmácia fica no "Natura"...
    Lá a literatura é uma febre que não tem cura>>>
    Lá toda arte é uma exacta loucura;;;
    Lá eu viciei-me,,,

    Abraço bem maluco,
    Pedro Ramúcio.

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  11. Pedro! E tu ainda canta...

    Que tua estrada e estada sejam pontilhadas dessa febre, nascedouro de tão ávidas palavras e tão intensos versos.
    Belíssimo, moço cantador!

    um abraço pra ti

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  12. "Quantas histórias desbotadas pela tinta da memória
    Repinto num pedaço de papel de mim poeta?"

    Simplesmente amei todas essas palavras... Vai um elogio e um agradecimento por me proporcionar tão agradável leitura. =]]

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  13. Andrea,
    Quem canta, seus males espanta. Vou-me nesse rítmo, moça encantadora do Sul, embora a toada hoje seja mesma tristíssima...
    (Um segredo de quem é bem secreto: não passo dum parvo imitador - creia-se admirador - do canto do Fagner, mas, naturalmente, que eu não finjo tanto...)
    Conquanto minha estrada e estada sejam pontilhadas de presenças sensíveis e atentas ao não-óbvio feito a tua, cantarei sempre, alegre ou triste, embora saiba que um dia estarei mudo, mas tudo...

    Abraço mortilhado sem Saramago,
    Pedro Ramúcio.

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  14. Sara,
    Agradável até não caber mais é merecer-te aqui, moça de Minas que faz par com o violão...
    Digno de elogio? Só se for por saber-te tão jovem e já afeita à magia das palavras, essas abelhas que em vão tentamos domesticar...

    Abraço pintado com a tinta da admiração,
    Pedro Ramúcio.

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  15. Versos febris, poema passional, nada mais incrível de se ler.

    Beijos e obrigada pelo carinho.

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  16. um arrepio - garanto-te, da rama, saramago pousou por um instante à roda de mim...
    besos e obrigada.

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  17. Belo aborto poético, Pedro.
    O mais engenhoso que li ultimamente neste mar revolto da web.
    Saramago merece a sua homenagem.
    Abração, amigo das Gerais.

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  18. ah, disso que eu me orgulho. saber que no meio de tanto potencial poetico bruto, tambem tem gente com talento lapidado. e que forma restrita de poesia! ainda bem que ja tive iniciacao na literatura, do contrario, seria dificil decifrar. gostei muito, mas muio mesmo, totalmente inspirador.

    e desculpa pela falta de acentos, estou sem alguns nesse teclado de lap top.

    obrigada pela visita no meu blog, estarei sempre aqui porque gostei muito.

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  19. parece que todos já falaram por mim e todos. meu beijo lacrimal.

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  20. Que poema gostoso, quase pensei que estivesse ouvindo uma música... adorei!!!

    bjs

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  21. Lindo!!

    E como já disse lá no Poetar, esse mestre agora é estrela no firmamento da eternidade...


    E tuas palavras Pedrim, são música, harpa dos anjos...

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  22. Laríssima,
    Obrigado eu pelo carinho, moça gentilíssima da Capital.
    Febril sempre quedo quando escrevo. A cura? Rerreescrever sem parar; ou como li hoje numa crônica ao Saramago, da jornalista e escritora de BH, Leida Reis, cujo título é "O Ponto Final da Vírgula" (parece até que nos plagiamos), desescrever até poder parar...

    Abraço e vírgulas,
    Pedro Ramúcio.

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  23. Líria dos arrepios e sopros celestiais,
    É que Saramago não deixou de ousar, moça sensível do Araguari, e pousar à roda de ti é exata expressão disso, garanto-te, poeta in Portugal...
    E creio mesmo nessas intermitências! Se eu te conto um sonho "como uma fotografia" que a musa-esposa teve com Fernando Pessoa (ela sendo um mendigo que era ele), arrepio-te de novo!
    Não faltará oportunidade!

    Abraço deste sonhador,
    Darrama.

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  24. Paulo,
    Homenagear é uma forma linda de dizer "te amo".
    Tenho tentado, poeta. Como tenho cometido 'atentados' também...

    Abração, amigo das dunas e sais:
    Pedro Ramúcio.

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  25. Letícia,
    Não ligo pros acentos. Às vezes, a viagem é melhor em pé.
    Fico muito orgulhoso, mas muito orgulhoso mesmo, por receber-te lá das Campinas Paulistas aqui neste pequeno jardim de poesia e homenagens!
    Agora que sabes o caminho, volta sempre que tiveres vontade, sim!
    Estarei-me sempre a visitar-te também, podes aguardar...

    Abraço valadarense,
    Pedro Ramúcio.

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  26. Nina,
    Tenho a exata certeza de que todos aqui (e lá no mais que delicioso "Ellenismos") sempre querem te ouvir, moça ciosa das coisas e tudos mais...
    Eu faço greve da próxima vez que você economizar seu latim aqui...

    Abraço breve e longo,
    Do cio.

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  27. Garota NC,
    Aceito parceria, uai! Topas!
    Muito obrigado pela visita, tá! Some, não!

    Abraço em Sol Maior,
    Pedro Ramúcio.

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  28. Márcia,
    Por falar em música, manda de novo seu endereço pro meu e-mail (desculpa, mas penso que o perdi), pra que eu possa lhe enviar o CD "Qual a Força Que Governa o Mundo?", do talentosíssimo Samuel de Abreu (batalhando carreira in Sampa), contendo, dentre lindíssimas canções, algumas parcerias dele com este mero rabiscador de quimeras que vos pede um apoio neste momento.
    __ É satisfação garantida ou seu dinheiro de volta, amiguinha meiga minha!!!
    Saramago, mago das ideias, mecânico das almas: agora é estrela no firmamento da eternidade - você disse bem, moça mineira que virou paulistana e agora está cearense...
    E eu tenho muito orgulho de merecer sua amizade, viu! Porque Poetar É sempre Preciso!

    Abraço valadarense,
    Pedro Ramúcio.

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  29. Lindo! Sem palavras!Marcham aqui as silenciosas palavras deste triste fim de semana! Uma grande perda! Chorou minha alma:"Repinto num pedaço de papel de mim poeta?"

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  30. Pedro, que poema fabuloso!
    Onde quer que Saramago esteja, ele leu de certeza e se orgulhou muito!
    Me emocionou, é quanto sei dizer!

    Beijo!

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  31. e eu que já só sei dizer silêncios.
    ponto.
    pranto. pronto.
    paro-me.

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  32. Michelle,
    Um final de semana pra esquecer e lembrar sempre: Saramago se tornou eterno, a morte virou seu trono vitalício.
    Nossa alma sorri com o que ele deixou gravado e escrito.

    Abraço de mim,
    Pedro Ramúcio.

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  33. OutrosEncantos,
    Tu é que me emocionas com tuas doces palavras, e, sinceramente, não sei dizer exacto o quanto fico encabulado...
    Obrigado pela presença e pelo carinho...
    Saramago? Sinto-o, sim!

    Abraço de mim de Minas,
    Pedro Ramúcio.

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  34. Vanessa,
    Perder é fonte de encontrar, já achara o poeta...
    E penso que homenagear é uma linda forma de dizer tiamo...

    Abraço apaixonado,
    Pedro Ramúcio.

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  35. Roberto,
    Nunca pares, poeta, tu que sabes parir coisas tão lindas (e eu tenho saudade de ler teus poemas que eu lia com minha lupa na cara, eu milpe toda vida e teu "Tango Fantasma" e teu "Colosso Ciclone" - amo esses títulos, eu que não sou muito bom com os títulos - desfilando lindas fotografias 3X4 às minhas retinas tão fatigadas...)...
    Miro nesse teu comentário já um minipoema, flor querendo nascer no asfalto...
    Não pares, poeta, ou para de não parir...

    Abraço grande,
    Do cio.

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  36. grande pedro, as homenagens sucedem-se; as invocações multiplicam-se. mas tu, mesmo sem guitarra ou violão, acabas de trinar as cordas da eternidade, esse instrumento só ao alcance dos dedos de alguns eleitos!
    um abraço!

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  37. Jorgíssimo,
    Sem ponteio nem rodeio, vou-me pelas trilhas musicais: sou feito um pássaro pênsil pousado, que seu voo é seu canto...
    Afinal, já batizara o trovador: viver é afinar o instrumento...
    E as homenagens aqui têm um jardim cultivado a várias variadas mãos, amigo do Minho...

    Abraço elástico,
    Pedro Ramúcio.

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  38. Pedro, com essa sua homenagem, o que pareceria túmulo se nos dá em berço. E que a febre o faça adejar rebelde pelos mundo da poesia sempre!

    Abraços!

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  39. Nanini,
    Homenagear é uma linda declaração de amor. Invoco a todos para que comigo remem este barco de rimas que é o Canto Geral, por mares e rios nunca ou dantes navegados...
    Obrigado, poeta, pelo apreço, que, já dizia a canção, não tem preço...

    Rimas e remos,
    Pedro Ramúcio.

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  40. Quem a gente ama, no fundo nunca se vai para nós... Suas palavras pontuais e exatas só nos faz ficar ainda mais saudosos de uma grande pessoa.
    Mas sua veia poética deveria ser aflorada mesmo que forçadamente muito mais vezes!
    Parabéns.
    bjo
    Ale

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  41. Ale,
    Obrigado pelas palavras de estímulo, moça polivalente de Sampa...
    No fundo (e no raso) escrevemos para isto: para colher elogios (cuido de ter mais cuidados com eles) e críticas (estas que, no auge da fama, consta que os Beatles contrataram especialistas para os atacar nos jornais, Rádios e canais de Tv mais importantes do mundo, afim de causar toda a celeuma possível em torno do nome do eterno quarteto de Liverpool), e para curar certos estados febris...

    Abraço poético,
    Pedro Ramúcio.

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  42. aaah lindo teus poemas.
    obrigado pelo carinho.
    voltarei sempre aqui!
    beijos.

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  43. Olá Pedro,
    Livros que fazem conexões com vidas,
    Fostes feliz em eleger este Peama entre centenas. Vai o homem eterniza a Obra.

    Forte abraço, grato por sua visita.

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  44. Você é tanta coisa que nem cabe aqui!
    Pronto. Ponto. Vírgula. Reticência.

    Ah! Saramago é paixão denunciada em comentário anterior. Como dizem: Amei! "tamojunto"...rs

    Te beijo poeta

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  45. Belissima homenagem Pedro...
    Tu malabarista de palavras
    Beijo

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  46. Lury,
    Visitemo-nos sempre em poesia, sim!
    Obrigado eu pelo carinho também!
    Agora que você aprendeu que o caminho é fácil, traga sempre seu grácil jeito de ser pra passear aqui neste pequeno quintal de homenagens, tá!
    Soltaremos fogos!

    Abraço mineiro,
    Pedro Ramúcio.

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  47. Hod,
    A obra é a melhor sobra de nós, pobres mortais...
    Quadros e poemas são belos extratos, retratos em branco e coloridos...
    Obrigado por tua visita supra-sumo, poeta de Porto Alegre que alegra o olhar...

    Abraço de Valadares,
    Pedro Ramúcio.

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  48. Dryka,
    Uai! Se você gostou da minha tímida visita de mineiro, estarei-me outras vezes lá no seu cantinho...
    Venha toda vez que se lembrar daqui também, moça sorridentes do Rio de Janeiros...

    Abraço tímido,
    Pedro Ramúcio.

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  49. Laurinha,
    Saramago, paixão denunciada. Ele que denunciou tanta coisa e anunciou uma nova literatura levantada do chão...
    Quando você some penso em perdas e danos, poeta de finíssima estampa in Sampa...
    Vamojunto: um mais um é sempre mais que dois...

    Abraço in Valadares,
    Pedro Ramúcio.

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  50. Mag,
    Recebeste meu telegrama acusando tua ausência? Da próxima vez que você sumir, mando um outdoor...
    Obrigado por trazeres tuas belíssimas palavras ao Canto Geral, especialmente quando Saramago é lembrado (sempre será) aqui...

    Abraço sem malabares,
    Pedro Ramúcio.

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  51. não perdemos saramago, ele continua vivo nas paginas da historia portuguesa, mas agora teremos que nos habilitar a não mais enxerga-lo em sua forma humana mas somente na forma que ele amava, forma palavra.

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  52. Sândrio,
    Saramago foi um mago das ideias e um mecânico de almas, e, por isso, como bem frisou você, ele não se foi, estará perenemente presente nas páginas da história da palavra portuguesa...
    Bom tê-lo aqui, poeta da alma e da rosa...

    Abraço perene,
    Pedro Ramúcio.

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  53. não consigo comentar o post de cima, desrenato bráz. caio aqui, sobre o saramago.

    mas ó, adoro renatêra. anabela é um dos meus hinos.

    beijos.

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  54. renato canta bonito demais, pedro ramúcioo.
    bela homenagem.
    quem sabe você não está acendendo o rastilho da pólvora?

    beijão, poeta.
    r.

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  55. Nina e Roberto,
    Cês tão respondidos lá no "Desrenato"...

    Abraço com admiração maior:
    Do cio, Darrama.

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  56. Poema-canto ao Renato, lindíssimo! O moço mineiro aqui é bom nas homenagens. =)

    Abraço com afeto.

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  57. Laríssima,
    Te levei e te respondi lá no "Desrenato"...

    Abraço com carinho,
    Pedro Ramúcio.

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  58. Valeu Pedro pela visita lá!!! Não sou de escrever muito, adoro ler!!!!

    Aqui é um ótimo espaço!

    bjão

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  59. Ana,
    Ler é escrever com os olhos.
    Volte sempre que quiser, a casa é sua.

    Abraço deste que escreve e lê muito,
    Pedro Ramúcio.

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  60. Pedro...

    Vim retribuir a visita e fiquei feliz de estar aqui. Doseu texto acima foi difícil escolher um verso, então fiquei com dois :
    "Quantas palavras gastas no cio e no silêncio
    Mas quando balbucio crio uma orgia de almas?"

    Lindo seu texto, linda a homenagem,sensível e tocante a poesia que há em seu blog. Parabéns!

    Que bom vc ter aparecido no Desassossego!

    Bj

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  61. Gizelda,
    Bons ventos me levaram até ao "Desassosego". E te trouxeram até aqui, quero crer, e creio.
    Pra homenagear gasto todas as minhas palavras, e sempre há uma próxima vítima, amiguinha minha que veio me visitar.
    Que bom você ter aparecido no Canto Geral!

    Abraço sossegado,
    Pedro Ramúcio.

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  62. Quem nos dera você tivesse agora uma viola pra cantar!

    Obrigada pela visita, Pedro.
    Abraços ,)

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  63. Cecília,
    Cantar é mistério de desvendar e eu gosto dessas veredas...
    Eu que agradeço pela porta aberta, moça das semanas utópicas...
    Volte sempre que tiver vontade...

    Abraço poético,
    Pedro Ramúcio.

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  64. da rama de todos os cantos - tu me enraízas!
    besos

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  65. Irmão Pedro, os posts ficaram sobrepostos mas enfim, o Renato é um belo cantor e a tua poesia não poderia ser de maior encantamento para o canto deste menestrel. Raiz é essência, como um aipim cozido no café da manhã,

    abração

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  66. Pedro voltei pra mandar um beijo e pra ver se você tinha postado ! Ninguém manda escrever sempre tão bem.
    Boa semana
    Bjo
    Ale

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  67. e olhe que honra: ser a 100 seguidora. já comentei ali em cima. mas, novamente: gostei muito.

    pedro, um beijo.

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  68. Pedro, sempre inspirado e inspirador! Tenha um excelente final de semana! Abraço

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  69. da rama,
    saudade de te ler.
    fome de biscoitos frescos...

    bijão,
    r.

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  70. é que somes e penso - donde o da rama???
    besos

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  71. que blog legal de se ler, viu. e leio com prazer. abraço!

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