domingo, 14 de março de 2010

INVERNOUTONO























Lendo um comentário de Jorge Pimenta lá no Primeira Pessoa, sobre um poema de Ruy Belo que trata de tema que quase todos tememos, a morte - "a indesejada das gentes" -, lembrou-se-me uns versos que eu rabiscara em minha tenra adolescência, época em que versejei
bastantemente muito, tendo o assunto fúnebre consoantemente em voga.

Perdido por pertencer a ser meu,
Vive quem sou, arrependido e triste:
Por ter nascido e ainda não morreu.
Mal sabe ele por que afinal existe!

Esse sentimento nele persiste,
A cada manhã banhada de breu.
Nunca haverá um riso que o conquiste,
Crê na alegria com a fé de um ateu.

Só no mistério fia que é esta vida!
Detesta o ócio, escusa toda lida.
Rege-o um destino estranho e obscuro.

Dorme sempre com a esperança acesa,
Despertar morto sobre uma fria mesa.
_ Um sono assim também eu o procuro!

(Pedro Ramúcio)

46 comentários:

  1. Olá! Que bela arte!Estou sentindo falta de sua visita em meu blog hein?!
    Super semana para vc!
    Um beijo doce..

    ResponderExcluir
  2. Aline,
    Irei-me lá no já-já, tomar um cafezinho e adoçar-me com tua arte. Por ora, oro merecer-te sempre aqui a adocicar-me o CANTO GERAL.

    Uma semana doce pra ti,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  3. Quem não procura, mesmo que inconscientemente?

    Incrível soneto! Deveria postar sempre sua poesia, muito me agrada.

    Beijos e ótima semana!

    ResponderExcluir
  4. Lara,
    Vou tecendo este tapete mágico que se chama poesia, que em suas asas invisíveis leva-me - alado já - por mundos largos e estreitos, por paisagens tristes e alegres, mas sempre traz-me de volta ao pedaço de chão e céu que é meu.
    E convido a todos que aqui pousem sua alma um instantezinho que seja, feito sinto você neste momento, a voarem também por territórios nunca dantes visitados.

    Ótima semana pra você com sabor de novos ventos e versos,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  5. rapaz,


    ramúcio, na adolescência a gente dá de achar poesia em morte, já reparou?
    deve ser inerente, como a masturbação (rs), as espinhas... os amores platônicos...

    putz...
    rapaz, cê não tem idéia do quanto eu escrevi sobre a morte, quando o que eu queria mesmo era viver.


    mais entrado na vida descobriria (dahhhh!) que todo mundo quer ir pro céu, mas ninguém quer morrer.
    escutei isso outro dia. achei o máximo, essa máxima.


    abração do seu amigo,
    R.

    ResponderExcluir
  6. fechando a tampa:
    depois de reler seu soneto, vou sugerir que troque de nome.

    a partir daqui, pedro rimúcio...

    beijão,
    r.

    ResponderExcluir
  7. Roberto,
    Vivamos a poesia dos outros enquanto estivermos vivos, poeta. A nossa poesia propriamente escrita, só será melhor vivida quando estivermos mortos seus autores, nós. Assim penso, assim escrevo, assim vivo...

    Um vivo abraço,
    Ramúcio.

    ResponderExcluir
  8. Abrindo a tampa: um dia li (ouvi) um verso do Arnaldo Antunes que me pegou pelo pelo colarinho e levantou-me 5 metros do chão, que diz assim:
    "A tristeza é uma forma de egoísmo."
    E aprendi a sorrir mais da vida, das mazelas da vida, sem deixar de não ser triste de vez em quando não...
    Noves fora a genial canção do Chaplin:
    "Sorri, quando a dor te torturar..."

    Com um sorriso,
    Eu.

    ResponderExcluir
  9. el fin de la vida,tema recurrente pero infinito. el misterio de la vida! y la obligación de hacerla lo más feliz posible.lindos versos, saludos

    ResponderExcluir
  10. Não obstante a "escuridão" do tema devo dizer que não se nota nada a imaturidade da escrita. Pelo contrário, é um soneto que obedece às regras e denota uma grande sensibilidade poética.

    L.B.

    ResponderExcluir
  11. Lluvia Canina,
    Gracias a la vida, gracias a la muerte también: pero sin perder la ternura jamás...

    Fuerte ablazo,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  12. Lídia,
    Fico eu sensibilizado com suas palavras, donde concluo que seguirei vendendo zapatos e versejando. Pelo preço da vida, os cadarços, e pelo apreço dos dias, os versos.

    Grato por sua visita,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  13. Depois do comentário do Roberto eu ainda acrescento que, também eu escrevo sobre as noites em claro, sobre aquilo que não chega!
    Boa semana!
    Beijinhos
    (ah muito obrigada pela sua resposta aqui no blog aos meus dois parentesis)

    ResponderExcluir
  14. Versejaste em soneto com a indesejada, não ouso falar o nome. Vamos a ver o que mais nos revela este teu baú de adolescência. Aguardo. Abraço amigo.

    ResponderExcluir
  15. Laura,
    O Roberto é meu guru para assuntos poéticos, políticos, analíticos, et lettera e tais...
    Não o troco por uma bola de cristal a funcionar...
    E escrevamos sempre, Laura, nossas noites e dias em claro, que os poetas, uns fingidores, foram feitos para o raro exercício de atravessar para o outro lado do vidro da janela do sentimento...
    (Quanto ao parêntesis, esses parentes gramaticais mais próximos das aspas, lhos respondi como lhe respondo sempre: a abrir meu "frágil coração de poeta", mas aí já está o Roberto Lima de novo...

    Abraço mineiro,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  16. Assis,
    O baú de adolescência é fonte sem fim. Se formos tirar tudo de lá, dão mil livros, mas, por mim, contentaria-me com mil e um poemas a penas, a duras penas, sei-o bem, poeta.

    Fã do seu afã,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  17. Caro Amigo, que soneto!!!
    Curiosa a temática quando em tenra idade... Sabes que antes dos 30 anos sempre me achei imortal, mas tenho de admitir que, só depois de me confrontar com a minha finitude, fui capaz de melhor me compreender e, então, verdadeiramente escrever...
    Um abraço!

    ResponderExcluir
  18. Jorge,
    Pois é, li seu comentário (sempre apropriado) lá no Primeira Pessoa, do RL, e recobrei esse soneto que eu cometera pela adolescência, época em que, curiosamente, essa temática predominava em meus rudes escritos, amigo. E ouvir você dizer de Ricardo Reis, instantaneamente, transportou-me para aqueles dias inverno-outonais de minha vida brotando ainda, eu, que antes dos doze anos de existência, já devorava todo o Pessoa, ortônimo e heterônimos, e tinha certeza que aquilo erá o máximo que inteligência e sensibilidade humanas poderiam conceber em toda a literatura, sem deixar de estar um pouco fruste comigo mesmo por isso. Hoje, sim, há mais primavera e verão na estação de minha alma, entre algumas nuvens passageiras.
    Essa questão de finitude é mesma pertinente aos escritores, poeta. Ariano Suassuna, um dos grandes das letras brasileiras, afirma núltimo verso de um soneto que "sou contra a Morte e nunca hei de morrer."

    Abraço infinito,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  19. já falei... repito: RI-múcio, campeão valadarense de sonetismo.

    e eu aqui, todo orgulhoso....

    abração do
    R.

    ps: você, menininho ainda e já dando a demoinstração do seu talento. essa afirmação fez-me lembrar Ciro Pellicano, geniozinho tímido da publicidade brasileira no mundo, um amigo querido, dando aquela sacaneada em seu (da rama) conterrâneo aqui:
    - Roberto Lima, muito precoce... aos 40 anos já dava grande demonstração de talento.

    os amigos, os verdadeiros, são melhores quando não nos poupam. amo o ciro. rs...
    mesmo quando ele insiste em não me poupar.

    ResponderExcluir
  20. Delima,
    Publicidade é uma das minhas fascinações antigas, poeta: sempre sonhei ser engraçado quando sério e sério quando engraçado. E faço rir alguns desavisados. Até já trabalhei, como redator, em duas campanhas publicitárias, para as quais devidamente não recebi. Mas ganhei experiência: já me sinto pronto para novos desafios à vista, valendo o trocadilho. Que Ciro Pellicano não nos ouça! Mas você pode fazer de conta que é segredo mesmo e contar pra ele que "poeta desempregado procura agência disposta a ir à falência, ou morrer de rir da concorrência que não entendeu o espírito do anúncio".
    É! Melhor eu ir revirando outros sonetilhos do fundo do baú mesmo...

    Orgulho de ser seu amigo e valadarense,
    Darramas...

    ResponderExcluir
  21. "Dorme sempre com a esperança acesa,
    Despertar morto sobre uma fria mesa.
    _ Um sono assim também eu o procuro!"

    Que Soneto!!

    "Dorme sempre com a esperança acesa..." fez lembrar-me de Shakespeare, confesso uma quedinha e não canso de ler os Diálogos de Romeu e Julieta, ainda que pareça piegas, confesso sou uma romântica assumida.

    Amplexos mineiros de Fortaleza CE... cá onde me encontro agora e onde se passam das 16:30hs e o vento não deixa de visitar-me na varanda... :-)

    Márcia

    ResponderExcluir
  22. rapaz,
    ciro é um enorme talento, viu? ganhador de leão de ouro em cannes, é dessa liga aí... e vive fora do brasil desde que o samba era samba.
    e é um autor de talento, ramúcio. aliás, o roteiro original do filme menino da porteira é dele. o primeiro, que tinha sergio reis no papel principal... e não esse remake, com o fake, daniel.
    fora isso, é um grande sujeito, uma pessoa linda. tenho uma imensa admiração por ele, o tímido dos tímidos.

    é isso.
    abração,
    R.

    ResponderExcluir
  23. Vim...
    Porque o tempo é sempre Tempo...

    Ser poeta é escrever sempre. Depreferência enquanto vivos
    um beijo e para ti...




    TEMPO


    Este é o tempo...
    Que foge...
    Que escorrega...
    Que voa...
    Que teima...
    Em não estar...
    Mas que nós...
    Teimosamente...
    Agarramos com força...
    E não deixamos fugir...
    Quando ele escapa...
    Voltamos a correr...
    E a segurá-lo com força!...
    De forma que ele
    Venha para ficar...

    LILI LARANJO

    ResponderExcluir
  24. Márcia,
    O pai de Romeu e Julieta forma com Fernando Pessoa meu binômio literário, meu ideário poético.
    E Fortaleza sempre despertou em mim uma atração maior mode um certo Fagner, mouro do canto, aliás, a quem dedico um sonetilho lá no início destes meus pqnos cantos.
    Sou-te grato por te alegrares com meu triste poeminha antigo, do tempo que eu fazia das rimas meus remos pela vida afora.
    E ser romântica assumida é não perder nunca a veia poética, e todo o seu viés.

    Amplexos valadarenses,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  25. Roberto,
    Falando em Ciro (já pesquisei a fera e seus 'leões'), o tímido dos tímidos, lembrei-me de uma brincadeira que faço com a musa-esposa sobre meu passado, que não deve ser passado a limpo, mode justificar o que não teria justificativa. Digo assim pra ela, com a cara mais séria que tenho:
    __Mô meu! Eu era tão tímido, mas tão tímido, que eu tinha vergonha até de ser tímido. Aí eu virei sem-vergonha por pura timidez...
    Sérgio Reis era o ídolo do meu pai, rapaz. Ele e a Fafá de Belém. Quando um ou outro aparecia na Tv, minha mãe vinha correndo pra chamar meu pai pra ver o cantor que ele gostava de ouvir, ou para desligar o aparelho ou mudar rápido de canal. Ciúmes à parte, não dava tempo de queimar o feijão, não...

    Seu amigo,
    Da rama.

    ResponderExcluir
  26. Fagner tbm é um caso antigo meu, da época de minha infância em Capelinha... e meu querido, saudoso irmão tinha umas fitas K7 dele...affff...fita K7 revela a idade...ehehehe

    amplexos, sempre!

    Márcia

    ResponderExcluir
  27. lili,
    Tu aqui no CANTO GERAL fazes o Tempo passar mais suave e levemente. E se eu pudesse fazer uma previsão do tempo, pediria que te trouxesse sempre aqui...

    Em tempo de poesia,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  28. da rama,
    meu pai é apaixonado por sérgio reis (que canta mal pra caraleo... sempre cantou...rs... parece um sei lá o quê, rosnando... fico nisso...rs)

    eu o conheci (tem uns dez anos isto, aqui nos states) e ele era casado fazia uns 30 anos com uma mulher (parece que ele trocou de patroa recentemente... não sei se é verdade) que tinha o nome de minha mãe.... ele chegou a me convidar (naquela empolgação de "momento") pra ir pescar numa fazenda dele... rs...

    não rolou pescaria e nem amizade. mas meu pai ficou todo encantado quando contei a ele que ele e o ídolotinham se casado com uma dona homônima heterográfica...

    ainda sobre o seo lima, papai costumava dizer que todos os meus ídolos eram "veados"...

    e eu dizia: o "trem é deles", uai.... e eles fazem do trem o que bem entender...
    acho que ele tinha "medo"que eu também fosse veado...rs

    um dia eu lhe disse: e daí, "o trem" é meu... e ele chorou a noite inteira... foi complicado "provar pra ele que, mesmo "o trem sendo meu", eu não era veado...rs

    coitado de meu pai.

    mudando de assunto, trezantontem (ou algo que o valha) eu tava falando com o manassés e ele me perguntou se eu ainda tava encanado com raimundão (é que li o post da M.C.L.M) e eu respondi que tinha me curado...rs

    pô, o mana riu...
    por aí cê tira uma base. raimundão traiu a todos nós, quando vendeu sua alma pro demo ou pro michael sullivan, sei lá eu).

    tem base?

    abs,
    R.

    ResponderExcluir
  29. Márcia,
    Sem pretender ser nostálgico (retrógrado?), mas fita K7 traz uma saudade danada mesmo, né! E nessa época o Fagner era tão bom de se ouvir que ainda ouço-me ouvindo-o, menino-passarinho...

    Amplexo com sabor de ontens,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  30. Roberto Delima,
    Sérgio Reis? Sou mais Vital Farias de Taperoá, cê sabe disso. Sou mais Xangai de Naquenuque, Elomar Figueira de Melo, Geraldinho dos Azevedos: essa cantoria é que me agrada em cheio a alma.
    Mas gosto muito de Almir Sáter, e tocando em frente, mais ainda de Renato Teixeira, cantoria de primeiríssima também.
    Meu coração visa muito Renato Braz ultimamentemente, doravantemente digo que Samuel de Abreu tem pássaros na garganta.
    E discutir contigo é sempre uma missa que eu frequentaria todos os domingos, de segunda a segunda, poeta...
    E "Mãos de Manassés" tá quase no ponto, falta quase nada, ou nada. Tô vendo se consigo alguém aqui em GV city que me faça o 'sacrifício' de gravar em estúdio: virou canção, montada em cima de uma canção do Fagner, a intenção inicial de poema... (mas não é plágio nem paródia, não)

    Um apanhador no campo de centeio
    (ou vendedor de zapatos nas horas de rush),
    Da rama.

    ResponderExcluir
  31. Alôha Pedro!
    Grato e retribuindo-lhe por sua visita e o gentil comentário. Oportunamente retorno para conhecer melhor casa post que o neo amigo carregou em energia.

    Forte abraço, com muitas bençãos,

    Alôha,

    Hod.

    ResponderExcluir
  32. Hod,
    A casa é sempre sua, e é uma honraria maior merecer você aqui. Estarei sempre lá no Carpe Diem também, amigo, a enriquecer-me entre o Millôr e o milhor que há sob o olhar da poesia para o século XXI...

    Abraço valadarense,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  33. Linda postagem.
    Agradeço o carinho da sua visita.
    BOM FDS.........Beijos!

    ResponderExcluir
  34. M@aria,
    Visitemo-nos sempre em poesia, pasto de paz e estrelas. É uma honraria maior merecer você aqui no CANTO GERAL...

    Ótimo final de semana,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  35. franciscomigueldemoura.blogspot.com
    disse:
    Seu soneto tem ótimo conteúdo, trm unidade, tem e é poesia.Mas falta um pouco para ser soneto perfeito, falo sobre a forma; versos que não são decassílabos no meio da maioria que o são, e, não me parece que o primeiro verso seja chamativo, sonoridade e ritmo que faça o leitor continuar.
    Desculpe-me, só gosto de soneto se forem formalmente como os de Camões e de todos os grandes sonetistas da língua, inclusive o Vinícius de Morais e Fernando Pessoa.
    Dou nota 9 para você. Parabéns, poeta!
    Se você tiver um tempinho e pude percorrer a parte poético de meus blogs http://franciscomigueldemoura e http:cirandinhapiaui.blogspot.com
    e ficaria muito grato e até me atrevo a pedir-lhe que faça um comentário sobre os meus sonetos e outros que lá estão publicados. Mas não temos apenas sonetos, temos mais.
    Ótimo final de semana
    Francisco Miguel de Moura

    ResponderExcluir
  36. Francisco,
    Terei, sim, um tempinho para percorrer-lhe os blogs indicados, com todo prazer, poeta. E cá lhe agradeço a crítica que me faz ao sonetinho meu de adolescência, e comungo de sua preferência por Camões, Pessoa e Vinicius, amigo.
    Nota 9? Uai, melhor que a emenda!

    Abraço mineiro,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  37. Bom, ainda não conhecia os seus ersos, as suas emoções e o seu blog, enfim. Vim parar aqui porque você foi parar no meu blog e passou a seguir o Afrodite. Curiosidade é um dos meus "defeitos", rsrsrs. Adorei os versos, a energia, o aconchego da sua página. Parabéns!

    Ah, e fiquei pensando na frase do Arnaldo "A tristeza é uma forma de egoísmo". Acho que concordo com ela. E você?

    Beijos e bom final de semana!

    ResponderExcluir
  38. Fui entrando sem pedir licensa, ja to aqui e vou ficar e já estou te perseguindopor onde for. Parabéns pelo blog, seus post adorei...obrigada passei um tmpinho lindo aqui obrigada!!
    com carinho
    Hana

    ResponderExcluir
  39. Luciana,
    Também sou curioso, moça, uma das minhas "qualidades", eu acho. Porque de curioso passo a estudioso: estou sempre em busca do que me instiga, me provoca, me emociona, e creço muito assim, afinal, sou da altura que pareço...
    E cresço agora com sua presença inteira aqui, com seu brilho prestado ao CANTO GERAL, um sorriso sabe muito bem colorir...
    Quanto ao verso "a tristeza é uma forma de egoísmo", do Arnaldo, ele se completa assim: "eu vou te dar alegria". E penso que a grande função da arte poética é modificar, e quando ouvi esses versos numa canção de Antunes, algo mudou dentro em mim para sempre, passei a ser menos egoísta, menos triste e um pouquinho mais poeta, um poeta de cicatrizes felizes...

    Ótimo domingo,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  40. Oi, obrigada por seu carinho em meu blog, seu afeto e a confiança depositada lá! Confio em seu blog respeito, pq aqui vi seu coração e li todo!
    com carinho
    Hana

    ResponderExcluir
  41. “As estradas que sempre iam,
    continuam indo, a despeito de mim
    que por hora estou voltando...

    Mas quando não houver
    mais estradas para quem vai,
    suave será a carona dos poemas
    que é atalho para amenizar
    as saudades dos amores...

    Amigo querido,

    Tua poesia é única.
    Me encanta a alma, desde a primeira vez.
    Coisa de caligrafria emocional,
    não sei se já te falei...rsrs

    A labuta me consome, mas dei um jeito e aqui
    estou para registrar meu abraço e desejo de linda semana para ti e os teus,

    Meu carinho,

    ResponderExcluir
  42. Hana,
    Mas está escrito na porta "Entre Sem Pedir Licença". É que não há porta também, apenas uma tabuleta feita da esperança de ser visitado sempre em poesia, de receber visitas 'aflitas' de harmonia, paz e amor, feito a tua: VISITA que se recebe ao se dar, anfitrião em casa do vizinho...
    Venha sempre me trazer o canto geral da tua visita. Estarei lá pra merecer harmonia, amor e paz, também.

    Abraço de Minas até o Japão,
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  43. Laurinha,
    Eu que já peguei tanta carona nos poemas, um dia rabisquei este poema pra agradecer uma carona pro trabalho que dei a uma amiga que, de vez em quando, pegava carona comigo pro trabalho:

    CARONA

    Quem me emprestou o Djavan
    E me deu um kiwi de presente -
    Minha fruta preferida de manhã -,
    Não queria que eu me apaixonasse?

    Eu e o motor fugimos para a "Ilha",
    Atravessei a ponte como se fizesse um gol.
    Depois da carona, outra trilha.
    Antes do trabalho, um cooper com os pneus
    Pela Lagoa Rodrigo de Freitas
    (Leia-se Rio doce,
    Assinasse Paulo Mendes Campos)...

    Eu e meu coração ouvimos a canção
    UM AMOR PURO e juro que soltei a direção.
    Acelerei fundo mais e mais
    Até não poder voltar atrás na paixão.

    (Pedro Ramúcio)

    *

    Também cá vou vivendo de vender os zapatos meus de cada dia, até que um dia a poesia se me desvire "o pântano enganoso das bocas", e eu viva só de coser líricas, amiga.

    Ótimo domingo pra ti, apesar de sua antiga e nunca obsoleta Lei das Horas Lentas:
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  44. Hana,
    Obrigado, eu!
    Um jornalista e cronista bem-sucedido amigo meu, e imenso poeta ainda 'enrustido', o precoce e prodigioso Roberto Lima do "Primeira Pessoa", costuma ensinar que "amizade é coisa que compramos com puro afeto", ou mais ou menos isso, se não tirei um pouco do brilho da frase dele transcrita aqui de memória. E creio que a 'confiança' de que você fala, completa a máxima do meu amigo poeta...

    Confiando num domingo lindo (eu que ainda não saí de casa),
    Pedro Ramúcio.

    ResponderExcluir
  45. Viva, Pedro!
    Lancei-te um desafio no viagens de luz e sombra. Passa por lá e confere (postagem do dia 21 de Março, dia Mundial da Poesia).

    Um abraço desde Braga!

    Jorge

    ResponderExcluir
  46. Jorge,
    Aceito, sim, confesso que desajeitadamente, mas lisonjeado por ser um dos selecionados, o desafio lançado a mim, e cá estou a triplicar-me em quatro:

    4 lugares onde comprar:
    __ Livraria Leitura: onde leio mais que compro (geralmente enquanto a musa-esposa namora utensílios de outras utilidades várias, antes de vir folhear comigo meus autores preferidos) e adquiro mais do que pago, quando levo pra casa a fortuna de um livro. Não me canso de ir ao shopping para passear entre as prateleiras que guardam volumes e mais volumes de tijolos feitos de capa e páginas.
    __ Supermercado Coelho Diniz: não sei se é o melhor ou o que mais barato vende, mas está localizado mais próximo de casa e tempo também é dinheiro, especialmente para quem tem pouco dinheiro para gastar.
    __ Churrasquinho do Kabeça, na Ilha: onde eu e a musa-esposa-poeta-cantora conhecemos um arroz chinês feito na chapa que virou cardápio obrigatório uma vez por semana, além de um pão com linguiça que o poeta Roberto Lima precisa conhecer quando pousar seus pés em Valadares (revisited) de novo.
    Ps. o Kabeça é a 'cara' (e o corpo também: altura, óculos, barba...) do compositor baiano Roberto Mendes, que também será convidado a apreciar as especiarias de seu sósia, quando enfim cumprir a promessa de vir trazer um pedacinho de sua Santo Amaro para fazer samba e morada num palco valadarense.
    __ Livraria Leitura: outra vez e sempre, sempre outras vezes.

    4 cheiros:
    __ cheiro de um poema recém-nascido.
    __ "O Cheiro de Deus", romance de Roberto Drummond, genial já o título.
    __ cheiro do cio, entre o silêncio que grita e a cachoeira que dele brota de líquidos que inundam o nariz de prazer e êxtases.
    __ cheiro de loção para abafar o insuportável mau-cheiro da memória, dum verso de Carlos Drummond de Andrade.

    4 coisas que me fazem sorrir:
    __ o sorriso de uma criança.
    __ o sorriso de minha mãe.
    __ um aperto de mãos quando é dado com a alma, acusado por uma lágrima interna.
    __ um gesto de boa vontade entre as pessoas, quer seja uma ajuda para atravessar a rua; uma moeda num canto difícil do bolso ou bolsa, estendida para facilitar um troco; uma gentileza no trânsito; uma qualquer atitude que desconstrua um muro mas erga uma ponte.

    4 blogues a desafiar:
    __ "Teatro da Vida", de Lara Amaral.
    __ "Mil e Um Poemas", de Assis Freitas.
    __ "Amor Feito Poesia", de Maria L. Bózoli.
    __ "Afrodite para Maiores", de Luciana P.
    (e todos que me visitam sempre, pra minha honraria maior)

    ResponderExcluir