
Quando Raimundo Fagner era um dos maiores intérpretes da MPB e tinha uma das melhores bandas do Brasil, o cearense Manassés fazia parte desse time e era, sendo-o ainda, um dos maiores craques com um instrumento nas mãos, as cordas partindo diretamente do coração, alado coração de inspirado instrumentista e compositor. Para o grande Manassés de Sousa semeio aqui uns pares de versos (fossem ímpares!) como agradecimento por tanta coisa bela que dele, de lá de Paris, daqui de Fortaleza, para além de Brasília, já pude ouvir.
Eu queria ter mãos de Manassés
Pra moer músicas com meus pés.
Eu queria ter mãos de Manassés
Pra coser líricas com meus pés.
Eu queria ter mãos de Manassés
Pra colher pássaros com meus pés.
Nômade, uma palavra de amor.
Uma palavra de amor, nômade.
Eu queria ter mãos de Manassés
Pra verter mágicas com meus pés.
Eu queria ter mãos de Manassés
Pra tecer sílabas com meus pés.
Eu queria ter mãos de Manassés
Pra deter exércitos com meus pés.
Nômade, uma palavra de amor.
Uma palavra de amor, nômade.
(Dedicado a Roberto Lima, poeta que pinta crônicas
com as tintas de Renoir e Rubem Braga;
Dedicado a Márcia Cristina Lio Magalhães, mineirinha
que virou paulista e está cearense, do blogue "Poetar é Preciso")
(Pedro Ramúcio)
da rama,
ResponderExcluirrepassarei o poema a manassés. hoje ainda.
sim, o cara é fera.
e faz parte da nossa história, daquilo no que fomos "crescendo".
beijo grande procê, poeta à sombra do ibituruna.
r.
Manassés, é um músico maravilhosoooo!
ResponderExcluirUm cabra arretado do sertão e um cidadão do mundo!!!
Como tem gente boa nesse Brasilzão de meu Deus!
Pedro, um abraço pra ti!
Sempre bom passar aqui!
Delima,
ResponderExcluirFera feríssima o Manassés, né! Curto muito ele de longa data, eterna data, que não sai nunca mais do calendário do coração, da parede da memória. Tempo bão, poeta...
Mas mió de bão é ter você aqui, trem que me alegra sempre, você que eu curto e admiro muito também, de longa data, etc e nuvens (sem rumo)...
Um abração do tamãe de Minas,
Darrama.
Sil,
ResponderExcluirSim, Manassés sinônimo de música, música pra alma, quando a alma é visitada...
Ò, e quando você me visita, é minha alma (repleta de alegria) que te recebe, moça sensível e simpática de Itanhaém que curte MPB sempre, sempre...
Um abração do tamãe de Sampa,
Pedro Ramúcio.
um poema para uma constelação: de feras. O que dizer do craque Manassés (tem uns discos de Fagner que a sonoridade - e o brilho das cordas - é de Manassés),
ResponderExcluirgrande abraço
de líricos pés alados entre mãos canoras
muito bom Pedro!
ResponderExcluirbeijos perfumados..
Assis,
ResponderExcluirBons discos do Fagner! Houve uma época em que eles foram os melhores discos - ovnis - do mundo, né não!
Bão demais saber você aqui, merecer sua presença neste quintal de quimeras mil, cê que dá mais brilho à constelação que mencionou...
Abraço siderado com amizade,
Pedro Ramúcio.
Ing,
ResponderExcluirMuito bão é ter você aqui neste pequeno jardim de lembranças que só sei cultivar a várias mãos amigas, moça sorridente e talentosa de Sampa, mãos que trazem e deixam um perfume doce de saudade boa de sentir...
Um abraço com gosto de até mais,
Pedro Ramúcio.
Pedrim, depois do que tu disses lá no meu blog sobre Drummond e agora um poema lírico dedicado a mim, só posso é terminar a tarde sorrindo procê, pro Manassés, pro Roberto Lima, pro Fagner, pro mundo... Obrigada!
ResponderExcluirDeixo também aqui um poeminha singelo pra ti, como se fosse uma flor que lhe ofereço...porque "fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas..." né não?
Esse poema é inédito, parte do meu próximo livro a ser editado ainda este ano:
Rosa
Eu queria ser uma rosa
Uma rosa com alma de flor
Feita em pétalas, olhar de criança
Calmaria, saudade, vigor...
Ah! Como eu queria ser flor!
Flertar sabiá, andorinha
Bem-te-vi
Curió
Beija-flor...
Balançar nos braços do vento
Ser poesia, aurora, veludo
Passarinho, ser ninho, Ypê
Namorar sob o amanhecer...
Pra ser rosa é preciso respeito
Ter mistério,
Aroma,
Frescor!
Aceitar que meu último leito
É um vaso
Ou retrato de amor...
Um beijo, da mineira paulistana que hoje está cearence!
Márcia Cristina Lio Magalhães
Amiguinha,
ResponderExcluirSem querer, nem deixar de ser piegas, quisera eu ser uma abelha, pra poisar a alma, com algum doce perfume antes, e todo perfumado depois, em cada pétala de seu poema semeado aqui no meu quintal de quimeras, pequenino jardim de lembranças e singelas homenagens...
Obrigado pelo carinho, pelo afeto, pelo poema, pela visita, pela confiança...
Já disse que te admiro muito? Então repito!
Abraço do tamãe do Ceará,
Pedrim.
Pedrim, almas "irmãs" se reconhecem não?!
ResponderExcluirAmizade como a tua germina desde o primeiro dia no solo do coração...
Admiração recíproca ora pois.
De almas dadas estamos sempre!
Deixo um beijo com sorriso, aqui do sertão dos olhos, de uma mineira que hoje está cearence.
Márcia
Márcia,
ResponderExcluirEntão vamos de 'almas' dadas, não nos dispersemos nunca, amiguinha meiga minha que está cearense...
Abraço mineiro deste estudante de corações,
Pedrim.
Que bom que você está me seguindo... Obrigada Pedro!
ResponderExcluirJá te sigo a tempo, e com todo prazer viu?
Tenha um ótimo dia!!! Um abraço
Eliana,
ResponderExcluirSigamo-nos, pois, em nome da poesia, em nome da amizade, essas que fazem tão bem à alma...
É uma alegria imensa te receber neste pequeno quintal de quimeras, moça das "Palavras Que Abraçam"...
Abraço consoante,
Pedro.
Pedro,
ResponderExcluirVim desejar pra ti um feriado bem bacana!!!
Eu, vou ficar no descanso da rede rs, ouvindo Fagner, Miltom Nascimento, Chico, Tom Jobim, e tantos outros ai.
Beijoo procê!
Tu és um querido!
Obrigada pelo carinho no meu blog, saiba que é reciproco. SEMPRE!
Que coisa boa tua visita por lá, Pedro. O pólen se espalhou de tanta alegria. Tens mãos que cultivam en.cantos...
ResponderExcluirGrande Manassés!!! Tenho saudades de quando Fagner se chamava Raimundo.
Beijos cheios de pólen colorido.
Sil,
ResponderExcluirObrigado de imenso pela visita, e o feriado foi bão demais: deu pra descansar e até pensar uns versos etéreos, daqueles que nunca vão pro papel, dispersos ao vento, mas dos quais brotam outras estrofes reais, alguns sonetos até...
Espero que o seu feriado tenho sido ótimo também, moça de Itanhaém que curte a verdadeira música brasileira, música pra alma, e não pra encher os bolsos (e o saco, haja saco: nem papai noel aguenta)...
Abraço recíproco de amizade,
Pedro Ramúcio.
Pólen,
ResponderExcluirDá até pra brincar assim:
"Mundo, mundo, gasto mundo
Se ainda me chamasse Raimundo
Além de uma rima, seria uma solução.
Mundo, mundo, gasto mundo
Mais gasto é meu coração."
Tenho saudades de Raimundo Fagner, pra quem um dia compus um sonetinho assim (se me permite):
FAGNATISMO
Palco, um parto de morte pra viver mais
Quando vem e canta o cândido Raimundo,
Parece com um lúcido coma profundo
Ou ver o cosmo ancorado em nenhum cais.
Quando vem e canta o cândido Raimundo
Ficam mudos os passarinhos nos quintais,
Nos verdes mares calam-se os temporais,
As ciganas não falam do Astro Vagabundo.
Mas nem os cem milhões de versos que eu fizer,
Além de minh'alma a sonhar perdidamente,
Serão capazes de traduzir o que sente
O coração alado de um mortal qualquer,
Quando ouve sangrar no ar o canto do Fagner.
Eu de mim não sei de outro igual tão diferente!
(Pedro Ramúcio)
*
Ò, é bão demais receber você aqui neste quintalzim de quimeras, feito quando vou lá passear entre seus pólens poéticos...
Abraço polenizado,
Pedro Ramúcio.
Pedro, que coisa linda o comentário lá no blog dedicado a Simone! Pode ter certeza terá um post especial.
ResponderExcluirMuito obrigada. Apareça sempre!
Beijos!
http://bafotografiaseesmaltes.blogspot.com/
http://simoneemboacompanhia.blogspot.com/
@brfandrade
Bruna,
ResponderExcluirObrigado pela gentil gentileza de estampar um texto deste mero rabiscador de quimeras, apenas um pobre amador, apaixonado por tudo que for Palavra, em teu blogue dedicado à "Cigarra", ela que me encanta tanto com seu canto e repertório tão ricos...
Obrigado por esse gesto que, não tenho dúvida (não tenhas), já se expandiu em amizade...
Qualquer hora dou o 'troco'...
Abraço de mim de Minas,
Pedro Ramúcio.
Manassés de shows outros de Fagner nos gloriosos anos 70/80. Acompanhei tudo de pertinho já que o Ceará é meu vizinho de quintal. Belo poema, Pedro, como só você sabe engendrar. Alegrias e felicidades, poeta de Valadares.
ResponderExcluirPaulo,
ResponderExcluirManassés é grata lembrança, rapaz, e eterna presença nos corações apaixonados por música boa, música que nos toca a alma, música verdadeiramente brasileira...
Sua visita é um presente que recebo com alegria de criança quando ganha um presente, poeta das dunas...
Abraço de Valadares,
Pedro Ramúcio.