segunda-feira, 22 de novembro de 2010

TERCEIRO ATESTADO DE ÓBITO

Há uns dias soprou-se-me uns versos em intenção de Dali, o poeta das tintas tontas; tantas. Depois de ler "Para um quadro de Dali ou Magritte" do poeta de feiras fartas Assis Freitas, eu prometi a ele (e a mim) que lhe dedicaria o poema que estou pintando em homenagem ao artista catalão. Acontece que as estrofes engarrastanharam, e nem sei quando darei cabo ao rabo de foguete em que me meti: um poema que não quer sair...
Pra aliviar a barra e tentar ganhar tempo para cumprir com minha promessa, trago este poeminha que rabisquei ontem e, por coincidência ou acaso, ou ocasos mais que ocasionais, trata de tema similar à "elegia breve e assustada" com que me deparei há pouco lá no "mil e um poemas" do craque com as palavras Zé de Assis, ou Maradona de Ondina, como o rebatizara outro fera de rara estirpe, nosso amigo Roberto Lima, do "Primeiríssima Pessoa".

Há poemas que são apenas penas de um poeta.
Há outros poemas, porém, que são uma espécie
De ressurreição.


(Dedicado ao poeta de quinhentos mil talheres Assis Freitas)

(Pedro Ramúcio)

35 comentários:

  1. Ô Pedro, eu que torto peno fora dos poemas, e nem neles me desempeno, posso dizer que o seu próprio poema cabe na última definição, inspiradíssimo que é.

    E em se tratando do Assis, a ressurreição (que é uma forma de insurreição, né?) só pode ser diária, dele e nossa, que saímos vivificados da leitura de seus poemas!

    Um abraço, poeta que tanto homenageia poetas!

    P.S.: A curiosidade é quem fala: promessa é dívida. Rs.

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  2. Vejo no Assis uma Fénix, cada vez que leio os poemas dele, a gente morre e ressucita em tempo de sorrir...
    Pedrim, adorei o teu poema pro Assis, invejei...rs

    Agora mudando um pouco de assunto, tu sabes que estou perdida pelas bandas de cá e a pouco tempo adicionei-me a uma Comunidade dos Mineiros em Fortal (coisa rara, já que era pois avessa a Orkutismo e Facebooktismo)...rsrs

    Todavia, por conta do livro, cedi às tecnologias internéticas disponíveis... E num é que no último sábado, eu e muso (kkkkkkkkkkkk) fomos a um encontro dos Mineirim perdidos pras bancas de cá, não pude deixar de pensar que tu poderías mesmo estar por lá, seria perfeito.

    Confesso, senti-me em casa, ouvindo aquelas pessoas simpáticas que NUNCA tinha visto pessoalmente falando a língua portuguesa no seu melhor mineirês...noite memorável sem dúvida!

    Desculpe a extensão do relato, mas mineiro quando começa contar um "causo" precisa apontar o lápis e descamba falar...

    Inté procê...
    Abraços mineiros...com pão de queijo e bolo de fubá!

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  3. Vivemos com a certeza da ressurreição.
    Com um poema, como uma estrela, na ponta da mão.
    Os poemas existem para nos ensinarem a esperança na ressurreição.
    Abraços.

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  4. "eu fico com a pureza das respostas das crianças é bonito, é bonito e é bonito"

    Amigo Pedro mais que lisonjeado pela homenagem e pelas palavras estou comovido.
    Aceite o abraço desse sertanejo de tortas lavras.

    p.s. não pense que me escapa o poema de Dali, aguardo-o

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  5. Recobrar nossos sentidos.

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  6. Caro Pedro, há desenhistas, pintores e artistas plásticos que pintam poesias.Há músicos que cantam verdadeiros poemas. E poetas como Assis, completos, sem muito esforço conseguem tudo isso junto. Assis, é show de imagens, daquelas que te levam para dentro do poema. Seu extenso mundo de palavras enebriam, entontecem, é um ir e vir. Ele descreve, caixa de comentarios a frase: deixe-se e leve-me. Já que não é difícil encontrar-se, e até perder-se em suas palavras, já que o poeta de 1001 poemas, escreve, canta, e encanta em suas linhas.
    Bela homenagem Pedro.
    Uma ótima noite pra ti.

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  7. merecida homenagem!!!
    poeta maior..
    Abraço.

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  8. Marco,
    Somos todos gauches, os que escrevemos? Mas vale a pena, as penas valem, né?
    Insurjamo-nos, poeta, nessa nossa ressurreição diária. Sejamos a fênix dos versos, cinzas as nossas palavras...
    E o Assis é mesmo um poeta que surge novo a cada manhã, em cada balada com que embala o dia. Sou fã de ser fã...
    Ò, devo, não nego. Pagarei assim que puder, essa dívida que enriquece a sigma do meu débito...

    Abraço empen(h)ado,
    Ramúcio.

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  9. Pedro
    Homenagem ao Assis, eu sempre fico querendo assinar embaixo...
    Você me dá licença?
    Lindos versos...
    Grande abraço!

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  10. Márcia,
    Drummomd disse, ao contemplar uns versos de Quintana, que em literatura e arte, a inveja é o sentimento mais nobre que existe. Uai, fico todo prosa sabendo que cê gostou de minha poesia pro Assis...
    Mineiros em Fortal? Estaria dentro se pudesse, me faria presente se estivesse ausente...
    Um muso! Sorte dele, sô. A propósito, ele é das bandas de cá ou das dunas daí? Daqui das Minas Gerais, desejo toda felicidade aos dois...
    É mesmo bão demais esses encontros com os de casa fora de casa, já que "viajar é perder países", assim navegou precisamente o Pessoa...
    Em 11 de outubro agora, participei com a musa de uma Tertúlia em BH, reunindo uma turma boa que gosta de escrever, cantar e contar causos, e essa data ficará gravada pra sempre num quadro da parede de minha memória. Lembrança já eterna...
    Obrigado de imenso pela visita, amiguinha meiga minha que está cearense e vendo passarinho verde de toda cor...

    Abraço multicor,
    Pedrim.

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  11. José Carlos,
    E nada melhor que os poemas do Assis pra nos trazer viva essa certeza a cada manhã banhada de versos...
    Prazer ter você aqui neste quintalzim de quimeras, amigo...

    Abraço grande,
    Pedro Ramúcio.

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  12. Assis,
    Tô na correria, rapaz. Fim de ano é fogo pra quem vive de revender zapatos, são os cadarços do orifício, amigo...
    Mas o poema que te prometi, que me prometi pra você, mais que uma dívida, será uma honra cumprir. Virá no já-já, poeta; será, ou já é...

    Abraço daqui,
    Pedro Ramúcio.

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  13. Michelle,
    Recebeu o poema? To enviei ontem, amiguinha...
    Qualquer coisa, mando-o de novo, obedeço quantas vezes você pedir. É uma honra pra mim merecer tal distinção, sou grato de imenso por isso...
    Obrigado pela visita a esta casa que também é sua, venha sempre...

    Abraço maior,
    Pedro Ramúcio.

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  14. pronto. fiz minha parte, aumentei os comentarios.
    DADINA.
    p.s. algumas coisas me assustam, por exemplo; leitores para as minhas garatujas.
    abraço

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  15. Joii,
    Gosto de homenagear, corro o risco (de agradar ou não) com o maior prazer. Às vezes o verso sai pela culatra, mas o alvo, dum jeito ou doutro, é sempre alcançado...
    E sou sempre recompensado pelas palavras de carinho que pessoas generosas como você semeiam aqui neste pequeno jardim de lembranças, este jardim de que eu jamais daria conta de cultivar sozinho. Não fosse cada visita que recebo, esta seara de ilusões seria não mais que um Saara...
    Por isso, te peço venha sempre...
    Ah, o Assis! Você disse bem: canta e encanta em suas linhas. Assino embaixo, amiguinha simpática e sensível da Capital...

    Abraço acima das nuvens,
    Pedro Ramúcio.

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  16. Um beijo e um sorriso bem grande pela beleza que acabei de ler, Pedro Poeta.

    No susto ou na calma teus rabiscos são sempre poesia para muitos suspiros, querido!

    Um cheirinho polinizado.

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  17. Ingrid,
    Homenagear tem sido um bumerangue pra mim. No que homenageio, recebo umas visitas feito a tua e este mero rabiscador de quimeras que te digita acaba sendo o homenageado também...
    E o Assis é hour-concour, moça sorridente dos perfumes e palavras in Sampa...
    Prazer imenso merecer-te neste pequeno jardim de lembranças...

    Abraço maior,
    Pedro Ramúcio.

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  18. Zélia,
    Cê não precida de licença, a casa é sua...
    Obrigado por ter vindo, e lindo é merecer você aqui...
    Assis? Também sou fã. E não conte pra ninguém, mas bate até uma inveja de vez em sempre...

    Abraço de fã de ambos,
    Pedro Ramúcio.

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  19. Dadina,
    Empatamos: minhas algaravias também são lidas amiúde, e até elogios tenho tido a sorte de ouvir aqui e ali. São generosos os amigos, e eu preciso de...
    Volte sempre que puder...

    Abraço sinônimo de alegria,
    Pedro Ramúcio.

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  20. Pólen,
    Acabei de dizer dos elogios que tenho tido a sorte de receber aqui e acolá, que nem sei se mereço mas aceito sempre, e cê me vem deixar todo bobo e embasbacado com tuas doces palavras!
    A culpa é do Assis, que espalha tanto lirismo pela aí...
    Obrigadíssimo pelo carinho, você sempre tão gentil com este mero rabiscador de quimeras...

    Abraço polinizado,
    Pedro Ramúcio.

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  21. o da rama é um dos meninos mais doces que ja conheci nesta vida. trata-se de um "exclamador", tamanha a capacidade de colocar um ponto de exclamação na vida das pessoas.

    e aí, quando ele se prop~pe a homenagear assis freitas, o maradona da pituba, fica perfeito.

    são dois craques.

    e eu sinto imensa alegria de ser amigo dos dois.

    e saio por aí abraçando todo mundo.

    r.

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  22. Pedro, querido,

    Ainda não conheço Assis, mas já te adianto, que não deixarei de apreciá-lo em poemas.
    Quanto a vc, meu caro amigo, tantas ressureições nessa mão poeta! Meu coração agradece ao ser tocado por suas letras.

    Bjs e bom domingo de paz

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  23. Mineirinho Lindo, muito obrigada pelas doces palavras que sempre deixa no meu blog. Adoro esse lugar e, principalmente, o seu jeito de escrever.

    Beijos Av3ssos,
    Lígia.

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  24. Delima,
    Imensa alegria sinto eu, sentimos nós, de ser teu amigo, de merecer teu afeto de amigo, de estar à tua afeição, rapaz...
    O Assis é por tua via certa que me aproximei dele, esteja certo, pavimentador de caminhos que percorrem almas...
    Tu, ponte; jamais muro...
    Ò, tava sentindo tua falta aqui no quintal, bom reconhecer tuas pegadas indeléveis e leves pelos canteiros...

    Abraço "exclamativo",
    Darrama.

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  25. Ira,
    Você vem e eu canto...
    Vamo fazer uma canção? Gostei de te ouvir, sensível e talentosa compositora de acordes lindos...
    Obrigado pelas palavras dóceis comigo, nem sei se mereço, mas aceito e quero sempre...
    O Assis? Teu próximo vício, tua próxima ioga: te adianto...

    Abraço tocado por tuas palavras,
    Pedro Ramúcio.

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  26. Lígia,
    Eu que agradeço, moça linda e sensível de Curitiba, pelo blogue aconchegante que você mantém e permite que eu passeie sempre por lá...
    E merecer você aqui neste pequenino jardim de lembranças, com meu jeito torto de escrever, é motivo p'r'eu agradecer em dobro, em triplo...
    Tô na correria de fim de ano na loja, donde tiro o pão de cada dia (sem deixar a poesia de lado nunca!), mas prometo enviar em breve os poeminhas pro prefácio das 'gregas e romanas' que ainda não acredito que terei a honra de tê-lo escrito por você. Mas sonhar faz bem, meu vício...

    Abraço av3sso,
    Pedro Ramúcio.

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  27. Pedro poeta amigo!!!!!!!!

    Uma canção? Seria mta honra pra essa menina carioca e teimosa, que gosta de fazer arte e pensa que faz!
    Será mais uma estrelinha no céu cancioneiro.

    Bjão, querido amigo

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  28. Ira,
    Uai, então eu topo...
    Qualquer minuto desses sua caixa de correio será invadida por umas letrinhas à toa que costumo costurar em forma de rimas. Cê deleta ou, se quiser arriscar, nossa parceria nasce. Acho que será lindo as praias do Rio com as montanhas de Minas se unirem na canção...
    E o Assis? Foi lá?

    Abraço poético,
    Pedro Ramúcio.

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  29. ei, pedro, de poeta para poeta. aos outros cumpre, tão-somente, baloiçar nas palavras que desafiam a lógica das coisas.
    um forte abraço!

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  30. p.s. este de poeta para poeta significa de ti para o assis, obviamente - hihihi

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  31. Jorge,
    Significa ainda, e mais, que tua sensibilidade sempre à flor da alma é que nos impele, amigo, a mim e ao Assis, e aos demais que travam contato próximo contigo (ainda que à distância, às vezes), a "poetizar a ordem dos dias"...
    De poeta? Tu, uma rota contínua...

    Abraço poético,
    Pedro Ramúcio.

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  32. Mito lindo, Pedro!
    Muito lindo!
    Grande abraço...

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  33. Zélia,
    Lindo é receber sua visita num domingo. Hoje, cinco vale dez no calendário deste pequeno quintal de quimeras...
    Obrigado pela presença, poeta de penas tão leves que indeléveis. Volte sempre...

    Abraço grande,
    Pedro Ramúcio.

    5 de dezembro de 2010 14:06

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  34. Pedro
    O lirismo de Assis me emociona e sua homenagem também.
    Tenha calma , que não se pode apressar o nascimento de um poema, e o "rabiscado por acaso" já é mais que bonito!

    Abço
    Rossana

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  35. Rossana,
    Passo pra te repassar um feliz 2011, com muitos poemas urgentes do Assis pra gente...

    Abraço rabiscado não por acaso,
    Ramúcio Pedro.

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