quarta-feira, 13 de abril de 2011

"TEATRO DA VIDA"

Porque nem sempre se pode roubar a cena, roubei o título deste poema...

Você vai ao teatro
E depois do terceiro
Ou quarto ato
Depois de o drama
À plateia, exposto
Aplaude com saúde
A tragédia dos outros

(Abram-se as retinas)

(Dedicado a Lara Amaral, do "Teatro da Vida")

(Pedro Ramúcio)

22 comentários:

  1. o teatro da Lara nos deixa de olhos bem abertos, moça de versos preciosos


    abraço

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  2. Show, Pedro!
    Literalmente.
    O teatro de Lara é extraordinário e, seu poema, em nada , nem um passinho sequer, lhe ficou atrás...
    Parabéns aos dois grandes poetas!!!

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  3. Às vezes somos espectadores das nossos próprias tragédias.

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  4. Assis,
    Por dizer de olhos abertos, certa vez um amigo pediu que eu escrevesse algo sobre nossa capacidade de enxergar, estando de olhos abertos ou fechados. Em seguida pediu para eu lhe responder o que eu via, olhando, de olhos abertos, dentro de um escritório, cercado por paredes: o máximo que minha visão alcançava era até às paredes, intransponíveis pra mim (de olhos abertos). Depois, abedecendo-lhe para fechar os olhos, já não havia nenhuma parede para mim: simplesmente, com meus olhos fechados, tudo ao meu redor se tornou infinito, para onde quer que eu mirasse...
    Bem, o pedido dele deu nisso:

    ABERTOUFECHADOS

    Meus olhos abertos estão fechados
    Meus olhos fechados vêem o Universo
    E o sol que cega quem lhe nega a noite
    E o mar que afoga quem lhe joga o joio
    E a mão que escreve quando deve o verso

    E a canção não perde o rastro da beleza
    E a paixão não esfria o fogo da utopia
    E a razão não açoita a alma do artista
    E a visão não apaga o brilho do dia

    Meus olhos fechados estão abertos
    Meus olhos abertos lêem o Universo
    E a lua que ilumina a mina da noite
    E o rio que vaza até a várzea do trigo
    E o pé que busca quando custa o verso

    E a canção não perde o rastro da beleza
    E a paixão não esfria o fogo da utopia
    E a razão não açoita a alma do artista
    E a visão não apaga o brilho do dia

    (Pedro Ramúcio/Washington de Andrade) 03-07-2008

    *

    Sempre uma honra merecer sua presença, poeta, pois, quando você vem, no mínimo, inspira lembranças boas, se não inspira um dia de sol...
    E a Lara é mesma preciosa joia rara, concordo contigo...

    Abraço de peito aberto,
    Ramúcio.

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  5. A lara amaral merece esta homenagem, como diz um poeta inglês, shakespere "a vida é um palco"
    abraços

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  6. Zélia,
    Bondade sua: com a Lara, que merece; e comigo, que pego carona...
    Munha vó me dizia pra andar sempre bem acompanhdo, eu tento, se me aceitam...
    Uma alegria sem tamanho receber você aqui, e suas palavras confeitadas de carinho e doçura...

    Abraço com amizade enfeitado,
    Pedro Ramúcio.

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  7. Herculano,
    Inda bem que seria trágico se não fosse cômico, ou seria cômico se não fosse trágico...
    Trafeguemos pela vida, poeta, que a morte é incerta e tão certa, ou certa e tão incerta...
    Vale muita alegria sua vinda aqui, sempre...

    Abraço certo,
    Pedro Ramúcio.

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  8. Sândrio,
    Então sejamos bons atores, rapaz, e bons autores se sobrar tempo e espaço...
    Sou fã de Shakespeare (pra quem já rabisquei uma homenagem aqui - sic), e sou seu fã também...
    Obrigado pela presença: será que a Lara vem também, ou ela tem mais o que ler - e escrever - de interessante?

    Abraço das mil e uma Minas,
    Pedro Ramúcio.

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  9. Ah, pensa numa pessoa que ganhou o dia =). Estou com um sorriso daqueles, Pedro, que presente mais lindo!

    No teatro da vida a gente se expõe, se esconde, se engana... Aplaude a tristeza do outro porque vê a nossa lá também, senão nos olhos, nas palavras que dividimos na poesia. Que sensibilidade a sua, poeta!

    Muito obrigada mesmo!

    Um beijo carinho e um abraço daqueles bem apertados, da poetisa aqui do Cerrado que te admira demais da conta!

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  10. Laríssima,
    Pensa numa pessoa que ganhou o ano...
    Muito obrigado por ter gostado, e aceitado minha tentativa de homenagem: sempre um risco, no qual já me sei um viciado, mas aí também uma cura, uma espécie de reviver os versos do Vinícius "pra que somar, se agente pode dividir?"...
    Saiba: uma alegria sem tamãe render-lhe uma lembrança aqui no meu quintalzim de quimeras, e mais uma vez, que bom que cê tenha gostado...

    Abraço mineiro,
    Pedro Ramúcio.

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  11. Encantador...

    beijos carinhosos da sua fã do sul...

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  12. Lígia,
    Encantado...
    Cê vem e eu fico feito um passarim, querendo cantar à toa, embora cantar nunca seja à toa, toda cantada é boa, perdoe o trocadilho...
    Obrigado pelo carinho, moça linda e sensível do sul de quem sou fã de norte a sul...

    Abraço av3sso,
    Pedro.

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  13. A homenagem tem a cara dos poetas (homenageada e homenageador)... adorei. Mas gostei mesmo foi dessa história de olhar de olhos abertos e de olhos fechados. Olhos abertos que nada veem, olhos fechados que disolve as paredes e veem o infinito: adorei!
    Beijos, Pedro.

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  14. Taninha,
    Teus comentários, rios de lirismos, é que têm, transbordam, pura poesia: coisa de quem é poeta, que é o que tu és, moça sensível e 'imaginadora' de Salvador, soterópolis que adoro visitar...
    Em meu nome e no da Lara, só te posso agradecer todo o carinho aqui trazido e deixado com tanta leveza e doçura...
    Olhar de olhos fechados, sim, às vezes, é necessário para se ver mais, e mais longe, e mais denso e fundo...
    No simples toque - de Midas - de um amigo, apreendi essa visão e hoje vejo muito melhor...
    Eu que nem era tão milpe e não sabia...

    Abraço de coração aberto,
    Pedro Ramúcio.

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  15. Camila,
    E eu gostei de sua visita, duplamente...
    Volte sempre que puder, será muita alegria...

    Abraço do Leste que me leste de Minas,
    Pedro Ramúcio.

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  16. Pedro,

    que sejam abertas as retinas! E que antes tiremos as máscaras diárias - ainda que necessárias!!!

    Forte abraços, meu amigo!

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  17. Nanini,
    Sim, poeta, talvez se nos abrissem menos feridas: déssemos mais a cara a tapa, mostrássemos mais a cara limpa...
    Ò poesia que garimpa o ouro, a prata e a lata que somos...
    Muito mais que necessário é merecer você aqui, e eu lá, meu amigo...
    Obrigado de imenso pela visita, sempre-sempre...

    Abraço diário (ainda que de vez em quando),
    Pedro Ramúcio.

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  18. Pedro de Ramúcio querido poeta,
    Com as retinas abertas no teu palco poético, eu sempre me encanto.
    Um grande beijo e boa páscoa

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  19. Ira,
    Que tenhamos uma páscoa poética, amiguinha meiga minha in Rio, que nos oferta sempre a outra face de poeta linda que você é...
    Obrigadíssimo pela visita...

    Abraço grande,
    Pedro de Ramúcio.

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  20. caro pedro,
    estou em crer que o palco é sempre projecção metafórica das tensões, dos dramas, dos anseios, dos medos, dos infortúnios, das ambições... de quem os percepciona, dessa vez comodamente instalado na cadeira da primeira fila. arriscaria, aliás, dizer que a peça que não nos entre na pele e injecte o soro do inconformismo não merece o nosso tempo... ou nós não merecemos o seu guião. eis por que não dispensamos as visitas regulares ao teatro da vida da nossa querida larinha!
    um abraço luso!

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