Sabe aquelas 'pancadas' que você toma quando toma conhecimento da existência palpável - e audível - de certas obras-primas. Pois bem: estávamos indo pra Bahia, mais exatamente para Santo Amaro da Purificação, eu e Samuel de Abreu, no intuito de tentar conhecer Roberto Mendes, mago do violão. No meio da viagem, Samuca saca um CD do Lenine, põe pra tocar uma canção que eu ignaramente ainda não conhecia. E lá vou eu tomando aquela 'porrada' com a melodia, os versos e a interpretação ímpar do pernambucano arretado que só. Era "Todas Elas Juntas Num Só Ser", uma daquelas canções definitivas que nascem de cem em cem. Antes de chegarmos ao nosso destino, ainda mais uma pancadinha de leve: batemos o carro e saímos ilesos de um acidente considerado grave pelo guarda-rodoviário que já estava no local atendendo outra ocorrência grave (estradas brasileiras, aff!) e presenciou, incrédulo, toda a cinematográfica cena de dois caminhões sendo amassados por um valente Fiat Uno, que trazia a bordo dois dublês de compositores metidos a conquistar Roberto Mendes, o mago do violão. Obstinados, prosseguimos a viagem de ônibus e obtivemos a recompensa maior: o grande compositor baiano foi com a nossa alma e se fez nosso amigo num encontro que mais pareceu o reencontro de velhos conhecidos que se reviam depois de tempos. Tudo devidamente ciceroneado pelo guia cultural Robério, o Grego. E eu ainda fiquei no lucro maior (apesar das perdas e, danem-se os danos materiais...), por trazer na algibeira, além da amizade à primeira vista do mago do violão Roberto Caribé Mendes, esta canção que, se eu tivesse, daria mais mil veículos 1000, pra durarem exatos dois mil quilômetros, mas trazendo na bagagem de minha memória das águas "Todas Elas Juntas Num Só Ser". Não canto mais Babete nem Domingas
Nem Xica nem Tereza, de Ben jor;
Nem Drão nem Flora, do baiano Gil;
Nem Ana nem Luiza, do maior;
Já não homenageio Januária,
Joana, Ana, Bárbara, de Chico;
Nem Yoko, a nipônica de Lennon;
Nem a cabocla, de Tinoco e de Tonico;
Nem a tigreza nem a vera gata
Nem a branquinha, de Caetano;
Nem mesmo a linda flor de Luiz Gonzaga,
Rosinha, do sertão pernambucano;
Nem Risoflora, a flor de Chico Science,
Nenhuma continua nos meus planos.
Nem Kátia Flávia, de Fausto Fawcett;
Nem Anna Júlia do Los Hermanos.
Só você,
Hoje eu canto só você;
Só você,
Que eu quero porque quero, por querer.
Não canto de Melô pérola negra;
De Brown e Hebert, uma brasileira;
De Ari, nem a baiana nem Maria,
Nem a Iaiá também, nem minha faceira;
De Dorival, nem Dora nem Marina
Nem a morena de Itapoã;
Divina garota de Ipanema,
Nem Iracema, de Adoniran.
De Jackson do Pandeiro, nem Cremilda;
De Michael Jackson, nem a Billie Jean;
De Jimi Hendrix, nem a doce Angel;
Nem Ângela nem Lígia, de Jobim;
Nem Lia, Lily Braun nem Beatriz,
Das doze deusas de Edu e Chico;
Até das trinta Leilas de Donato,
E de Layla, de Clapton, eu abdico.
Só você,
Canto e toco só você;
Só você,
Que nem você ninguém mais pode haver.
Nem a namoradinha de um amigo
E nem a amada amante de Roberto;
E nem Michelle-me-belle, do beattle Paul;
Nem Isabel - Bebel - de João Gilberto;
E nem B.B., la femme de Serge Gainsbourg;
Nem, de Totó, na malafemmená;
Nem a Iaiá de Zeca Pagodinho;
Nem a mulata mulatinha de Lalá;
E nem a carioca de Vinícius
E nem a tropicana de Alceu
E nem a escurinha de Geraldo
E nem a pastorinha de Noel
E nem a namorada de Carlinhos
E nem a superstar do Tremendão
E nem a malaguenha de Lecuona
E nem a popozuda do Tigrão.
Só você,
Hoje elejo e elogio só você,
Só você,
Que nem você não há nem quem nem quê.
De Haroldo Lobo com Wilson Batista,
De Mário Lago e Ataulfo Alves,
Não canto nem Emília nem Amélia,
Nenhuma tem meus vivas! E meus salves!
E nem Angie, do stone Mick Jagger;
E nem Roxanne, de Sting, do Police;
E nem a mina do mamona Dinho
E nem as mina – pá! - do mano Xiz!
Loira de Hervê e loira do É O Tchan,
Lôra de Gabriel, o Pensador;
Laura de Mercer, Laura de Braguinha,
Laura de Daniel, o trovador;
Ana do Rei e Ana de Djavan,
Ana do outro rei, o do baião
Nenhuma delas hoje cantarei:
Só outra reina no meu coração.
Só você,
Rainha aqui é só você,
Só você,
A musa dentre as musas de A a Z.
Se um dia me surgisse uma moça
Dessas que com seus dotes e seus dons,
Inspira parte dos compositores
Na arte das palavras e dos sons,
Tal como Madallene, de Jacques Brel,
Ou como Madalena, de Martinho;
Ou Mabellene e a sixteen de Chuck Berry,
E a manequim do tímido Paulinho;
Ou como, de Caymmi, a moça prosa
E a musa inspiradora Doralice;
Se me surgisse uma moça dessas.
Confesso que eu talvez não resistisse;
Mas, veja bem, meu bem, minha querida;
Isso seria só por uma vez,
Uma vez só em toda a minha vida!
Ou talvez duas... mas não mais que três...
Só você...
Mais que tudo é só você;
Só você...
As coisas mais queridas você é:
Você pra mim é o sol da minha noite;
É como a rosa, luz de Pixinguinha;
É como a estrela pura aparecida,
A estrela a refulgir, do Poetinha;
Você, ó flor, é como a nuvem calma
No céu da alma de Luiz Vieira;
Você é como a luz do sol da vida
De Steve Wonder, ó minha parceira.
Você é pra mim e o meu amor,
Crescendo como mato em campos vastos,
Mais que a gatinha para Erasmo Carlos;
Mais que a cigana pra Ronaldo bastos;
Mais que a divina dama pra Cartola;
Que a domna pra Ventadorn, Bernart;
Que a honey baby pra Waly Salomão
E a funny valentine pra Lorenz Hart.
Só você,
Mais que tudo e todas, é só você;
Só você,
Que é todas elas juntas num só ser.
(Lenine/Carlos Rennó)
Preciso conhecer essa música. Lenine é show de bola. Adoro várias músicas dele, mas essa não. Vou lá ouvir, rsrsrs. Beijos!
ResponderExcluirPronto, já consertei o seu nome no post, hahahaha. Te batizei de José, o que não deixa de ser um nome lindo, não é?
ResponderExcluirBom, Pedro, tenho um desconto, você é o meu mais novo amigo. Então, isso é perfeitamente entendível. Rsrsrs...
A música do Lenine é linda, realmente...
a letra é bem grandinha, né da rama?
ResponderExcluirtodas as letras, numa só...rs
falando sério: os ultimos discos de lenine, ao meu ouvir, tem sido discursivos demais.
mais palavrório e menos canção.
mas à esta altura do campeonato ele já tinha ocupado seu espaço,aliás, mais do que merecido.
vc ja escutou Olho de Peixe, que lenine gravou com marcos suzano?
da lavra dele, é o mió que tá têno...
beijão, da rama...
beijão.
Adoro Lenine, demais!
ResponderExcluirBeijo.
Quem não sente a poesia
ResponderExcluirQue anima a obra de Lenini?
Bela, uma harmonia,
Mas a beleza que ora irradia
É a tua obra, que soa como melodia.
Meu encantamento é tamanho,
Que para não ser repetitiva,
Prefiro o contemplamento...
Parabéns amigo,
Paciência de Lenine. Mas é isso quando a Musa toca no coração. Não fosse assim Vinicius não teria seus grandes amores. E nos legado uma Antologia Poética sem precedentes.
ResponderExcluirForte abraço Pedro. Elogie e cante sua Musa.
Alôha,
Hod.
Musica...Musica... Musica
ResponderExcluirBj
Queria tanto entrar neste "papo" (o meu português começa a sofrer com as aproximações do (des)acordo ortográfico, hehe) musical, mas sou um profundo ignorante da música brasileira. Admito que os nomes que cá nos chegam sejam os de uma linha provavelmente mais comercial e, na maioria dos casos (e na minha humilde opinião), algo clichezada. Ainda assim, não deixei de ficar curioso acerca deste Lenine; é que no meio de tantas venturas e desventuras ainda consegue arrancar-te tamanho entusiasmo à voz. Fantástico!
ResponderExcluirUm abraço, Pedro!
Adoro Lenine! y para nosotras mujeres esta canción es halagadora. abraÇo!
ResponderExcluir"Pedrim" conterrâneo... Esse causo do Fiat dá uma boa crônica não?...Ou seria um conto?
ResponderExcluirBem, fiquemos nós na dúvida...rs
Agora, o que dizer do genial Lenine? Gosto de suas músicas, mas confesso que esta em especial ainda não ouvi, vou tratar de procurá-la no youtube...
E Jorge amigo, espero que tu deixe de ser "ignorante" em se tratando da música brasileira e com o tempo, venha a conhecer os verdadeiros compositores poetas que há neste brasilzão de meu Deus...se posso dar umas dicas, começaria dizendo sobre meu gosto particular:
Renato Teixeira
Milton Nascimento
Cássia Eller
Marisa Monte
Nando Reis
Lenine
Caetano Veloso
Zeca Baleiro
Cazuza
e muitos, muitos outros...
abraço aos amigos!
Márcia
Luciana,
ResponderExcluirJosé é o nome que era o nome do meu pai, que Deus o tenha. Se eu o adotasse artisticamente, viraria Zé Ramúcio: que tal, numeróloga para maiores? Acho que não, né? A não ser que o Zé Ramalho das Paraíbas topasse formar dupla comigo: Zé Ramalho & Zé Ramúcio! Vou de Pedro mesmo, apenas invertendo meu próprio Ramúcio Pedro Coelho. Mas já assinei P. Pedro Perpétuo (este tomado à minha mãe) e também Pedro Perpétuo. Pseudônimos? Já perdi a conta.
Que bom que você gostou desta canção do Lenine!
Comigo foi amor à primeira oitiva. Não me canso de a escutar, apesar do tamanho da letra nada convencional. Mas o que é convencional? O que nos convém, não é mesmo?
Abraço do seu novo amigo,
Pedro (Zé) Ramúcio.
De lima,
ResponderExcluirMas esta versão do Lenine tem só 124 linhas. A letra original tem incríveis 408 versos, poeta!
Carlos Rennó é o homem das letras grandes, grandes letras escritas por ele: cê conhece "Pássaro Pênsil", dele e Flávio Henrique? Você conhece o Flávio Henrique (acho que ele é de BH, tenho certeza) de quem o Ney gravou "Olhos de Farol", lindíssima interpretação (pra chover no alagado) de Matogrosso, parceria belíssima com Ronaldo Bastos?
"Olho de Peixe"! Já tô de olho-míope nela.
Fã de seus afazeres e dizeres,
Da rama.
Laríssima Lara,
ResponderExcluirE eu adoro quando você vem passear aqui, trazendo mais cantos e seu encanto ao Canto Geral... Lenine, só um deles!
Abraço encantado,
Pedro Ramúcio.
Pois, lá é verdade, Amiga Márcia, sou mesmo "inconhecedor" da boa música brasileira. mas, ainda assim, surpreende-me que na tua lista não conste um Ney Matogrosso :-). Além do mais, e não o invocando em minha defesa - mas para que conste -, como dizia o Assis num dos seus poemas, "Se um soubesse um pouco mais / Eu teria mais idéias e menos certezas"; ou, como lhe dizia, em jeito de comentário, "e se, em vez de sabermos um pouco mais, fôssemos capazes de nos desprendermos do tanto que sabemos..." Talvez concordes comigo...
ResponderExcluirBeijinho, Amiga!
Laurinha,
ResponderExcluirSó te posso agradecer todas as palavras gentis que gastas com este pobre rabiscador de quimeras, e dizer-te que estou sempre lá no "Janelas..." e no "Sendas...", atualizando-me no Direito que de fato não concluí graduação, mas ficou-me o gosto pelas Leis, e também sorvendo-te toda a poesia que por lá destilas lindamente...
Abraço de Lei e Poesia,
Pedro Ramúcio.
Hod,
ResponderExcluirVinicius está entre os poetas que mais incitam minha poesia, e eu cito-o amiúde em meus escritos esparsos pela aí. Até no perrengue entre Caetano e Luana Piovani, em que me meti, de quando o poeta desfez da musa, quando esta reclamara ser a inspiradora de uma canção do mesmo, até aí Vinicius vivifica minha rima:
NÃO SOU UM CAETANO
Compositor, Luana, não sou um Caetano
Nem pintor sequer uma réplica de Picasso
Nem arquiteto uma cópia do Amilcar de Castro
Mas posso ser o teu poeta, por engano.
Inventar-te versos
Com sabor de música
E o êxtase das frutas.
Pintar-te um soneto
Com as dores do Vinicius:
Seus amores, seus vícios.
Olvidar ciúmes e rancores
Para serem perdoados;
Esconder rimas e flores
Na oferenda a um mendigo,
Transformando-o num amante
Muito mais que um coitado.
Conquistar Shakespeare
(Ou a Margareth Thatcher)
Com as frases que eu digo
Só porque estou apaixonado
Só porque estou apaixonado
só porque estou apaixonado...
(Pedro Ramúcio)
*
Mas falávamos de Lenine... à penas peço paciência comigo, é que me perco fácil em poesia...
Abraço mineiro,
Pedro Ramúcio.
Essa música é mesmo incrível... Aliás, Lenine é incrível. Ou melhor, você, Pedro, é incrivel! Domina as palavras de um jeito que o povo daqui do outro lado fica louquinho pra participar delas, dançar e rir com elas. Uma delícia.
ResponderExcluirAh! Fiatzinho arretado, hein? rs
Meubeijopravocê
Mag,
ResponderExcluir"Música é o altar-mor do sentimento", só nos resta subir esses degraus com fé e poesia. Feito a canção do Gil:
"Andar com fé eu vou,
Que a fé não costuma faiá..."
Feliz por você aqui,
Pedro Ramúcio.
Jorge,
ResponderExcluir"Profundo ignorante": taí uma coisa que você não a é (sic), mesmo porque se se é profundo, como ignorante, então?
Eu, por meu turno, venho deixando de estar totalmente ignaro de grande parte da produção poética portuguesa pelas mãos e ouvidos afinadíssimos do poeta, cronista e jornalista da melhor cepa que é, para minha grande honra, meu amigo de fé e poesia Roberto Lima, e, assim, vou percorrendo novos autores essenciais para mim pela visão apurada dele, em quem, miopemente confio a trilha. Até pouco tempo, Eugênio de Andrade era nome nada anímico a mim, pode?
E em arte, ser curioso já é a bússola, seu Jorge. E em breve você estará a par de grande parte da boa música brasileira. E me perdoe o ufanismo: uma música qua não fica a dever a nenhuma outra do mundo!
Um abraço musical,
Pedro Ramúcio.
Lluvia Canina,
ResponderExcluirEsta canção, apesar da extensão de letra nada convencional para uma música, como bem notou o sensível Roberto Lima, é mesmo, a meu ouvir, rara demonstração de apreço e apego à musa inspiradora em geral, porquanto aqui a musa do poeta se sobreponha, na visão apaixonada dele, a dos outros cantores todos, em particular. E que lindo cantar todas, pra encantar Uma!
Abraço mineiro,
Pedro Ramúcio.
Márcia,
ResponderExcluirFaço da sua lista, a minha também: sem tirar nem deixar de pôr mais um sem-número de expressivos artesãos que compõem nosso melhor cancioneiro.
Que tal:
Vander Lee
Flávio Henrique
Roberto Mendes
Tadeu Franco
Elomar
Isabella Taviani
Ceumar
Adriana Maciel
Samuel de Abreu
Paulinho Pedra Azul
Xangai
Vital Farias
Jorge Vercilo
Ednardo
David Duarte (das fortalezas, do Ceará)
E muitos, muitos outros que tocam no meu Fiat, sem parar...
(Uma crônica? Um conto? Já ouvi isso antes algures. Será que sirvo pra roteirista?
Ah, ouviu essa que você não conhecia do Lenine? Gostou? Me conte, moça? E se gostou, espalhe-a pela aí...
Abraço conterrâneo,
Pedrim.
Jorge e Márcia,
ResponderExcluirO bom dos papos musicais, a meu sentir, é quando eles viram discussões, essas, sadias, se mantendo sempre. Como receitou Vinicius de Moraes, em se tratando de beleza (e paixão), há sempre de haver "qualquer coisa de haute couture em tudo..."
Ou como ensinava Tancredo Neves, dos maiores políticos que pude observar, "em política, brigam as idéias." Em música e poesia, também, amigos!
Fã de vocês dois,
Pedro Ramúcio.
Sylvia,
ResponderExcluirGosto de palavrar, de dizer-me aos demais, embora eu seja tímido, muito embora já tenha sido muito mais que tímido. Hoje sou "light", um quase sem- vergonha. Depois que fui à Bahia, então!
Mas, num é bão jogar cunversa fora?
Inda mais quando o mote é poesia, né!
E se você acha o Lenine incrível, eu acho que vosmecê tem é muito bom-gosto...
Ah! Lembra daquele filme? Tá mudando de nome, agora é:
"Se meu Fiat falasse..."
Abraço procê,
Pedro Ramúcio.
O Lenine tem muita história, o pai dele era militante do Partido Comunista e o batizou de Osvaldo Lenine. Ele estudou no colégio Salesiano em Recife e os padres só tratavam por Osvaldo. Gosto de muitas canções. Como disse o Roberto ás vezes ele é verborrágico, mas no geral tem um suingue da pesada. Abraço.
ResponderExcluirAssis,
ResponderExcluirSuíngue da pesada tem você, poeta. Ou o que são mil e um poemas mágicos nesse rítmo? O guinnes é o limite? Não dá nem tempo de comentar todos os seus petardos, amigo, mas estou lá sempre na espreita e, às vezes, arrisco-me a deixar meu rastro: lastro da nossa amizade.
E o Lenine tem essa canção que me pegou de cara, parceria ímpar com Carlos Rennó, letrista de quem tenho seguido o rastro tembém, criador disto aqui:
"Pense
O espaço e o pássaro lá
Pênsil, parado no ar
Pense-o pairando, parando pra continuar"
Parado a te admirar,
Pedro Ramúcio.
"Se um soubesse um pouco mais / Eu teria mais idéias e menos certezas"; ou, como lhe dizia, em jeito de comentário, "e se, em vez de sabermos um pouco mais, fôssemos capazes de nos desprendermos do tanto que sabemos..." Talvez concordes comigo...
ResponderExcluir"Só sei que nada sei..." (Sócrates)
Jorge, concordo com Sócrates, mas foi tu que disse ser ignorante em se tratando de música brasileira, usei suas próprias palavras com "asteriscos"...
Mas já que tu diz agora ser "inconhecedor" reitero que "in" dentro, "conhecedor" uai...deu tiulti nos meus neurônios...rs
Pede explicações pra Pedrim do que se trata a palavra "tiulti" que eu na minha "mineirêz" não saberia explicar... e Pedrim além de poeta sagaz, mostrou-se eficaz roteirista, dramaturgo, contador de causos, como todo bom mineiro o é, ou seria é o?
Deu "tiulti" de novo...rs
amplexos Jorge "in"
Pedrim, fio, fiquei com vergonha agora da tua lista... :-(
ResponderExcluirHá nomes nela que não conheço...
Put´s, e como esquecer Jorge Vercilo?
Agora, David Duarte (das fortalezas, do Ceará)??
Caracoles, estou aqui há exatos 19 dias e não sei quem é David Duarte, ou não liguei o nome à pessoa... espero que em tempo eu descubra o "senhor dito" já que boa música brasileira o pouco que tenho ouvido pras bandas de cá "Inês é morta..." infelizmente!
Ontem conectei uma rádio universitária aqui FM na parte da manhã quando de carro a caminho de Morro Branco (praia belíssima) e Beberibe, pude desfrutar de uma sessão de chorinho à estrada inteira, o que recarregou-me as baterias, já que por aqui o forró é "vipe"...afff, nada contra os regionalismos mas, saudades da KISS FM de Sampa e das boas rádios de música erudita, clássica, jass e blues...que não existem por aqui...
E minha mudança de Sampa que não chega com meus CD'S...affffffff.
beijos Pedrim!
PS: Em meados de 1982 (infância da Marcinha) nós éramos vizinhos de cidade e nem sabíamos...rs
amplexos saudosos... ;-)
Márcia,
ResponderExcluirQuando Seu Jorge Pimenta, poeta nortenho (busquei em Roberto Lima, bússola que trago e sigo sempre) vier visitar o Brasil, ele que adora viajar e por força ou ímã há de vir pras irmãs bandas de cá, o primeiro lugar a que o levar irei, será o Ceará, pra que vocês dois, seres alados que aprendi a admirar, se abracem logo e parem já com essas pequenas farpas, amiguinhos meigos meus, pois este quintalzinho aqui planta poesia e não pode colher senão sorrisos.
E aproveitarei pra matar vários coelhos com uma cajadada só, nesse meu primeiro passeio pelas dunas de Ednardo e de Alencar, que eu sou mineiro mas não sou bobo, uai.
E, ò: por falar em mudança e de seus CDs que não chegam logo de Sampa, me mande seu endereço pro meu e-mail (ppedroperpetuo@hotmail.com) que lhe enviarei o CD "Qual a Força que Governa o Mundo?" de Samuel de Abreu, in Sampa, trabalho produzido pelo tal Roberto Mendes (compositor gravado ininterruptamente a mais de 25 anos por Maria Bethânia - não que ele precise desse tipo de apresentação pra ter o valor que tem, mas já que as rádios e os "faustinhos" não divulgam mais o que há de melhor na música brasileira, o façamos nós) artista que fomos à Bahia tentar conhecer e viramos amigos à primeira vista. Tenho certeza de que você apreciará a doce voz de Samuel de Abreu, cantor que tem pássaros na garganta, bem como gostará do repertório do CD composto de uma parceria ímpar de Mendes/Capinam (obra-prima que Roberto tirou da boca de alguns medalhões da mpb, pra entregar de bandeja ao neófito Samuel), de outras lindas composições do próprio intérprete que também é exímio compositor e poeta, além de 5 parcerias dele com este rabiscador de quimeras que vos fala. Ah, e tudo por módicos 25 reaiszinhos cada CD, valor cobrado para que se possa devolver o 'investimento sem lucro' dos "malucos" que apostaram grana num sonho de arte, confiados apenas no talento e no caráter dos sonhadores.
Em 1982 eu contava 12 primaveras, comemoradas com a chegada das flores, pois sou de setembro, amiguinha. Éramos vizinhos e nem sabiávamos...
Amplexos de ex-vizinho,
Pedrim.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, não posso deixar de rir sobre tua argumentação Pedrim ao escrever "farpas"...rs
ResponderExcluirEu e Jorge, ou seria Jorge e eu somos "velhos" novos amigos desde Fevereiro de 2009 data em que publiquei a primeira postagem blogática na blogosfera, e NUNCA, ever, never, e todos os "ever" jamais eu e Jorge, ou seria Jorge e eu trocamos farpas...rsrs
Trocamos de tudo, menos isso... Leia meu blog desde o início e entenderás do assunto...
Pena tbm tu não poder ler o primeiro blog de Jorge, o saudoso Circum Viagem, o qual re-vela-ria muito sobre "nós"...ehehehehehe
Eu de minha parte entendo que a citação de Jorge abaixo, deva ter sido mero "acaso" ou seria "o caso" de ter levantado com pé esquerdo e que ele tenha lido além do que "minzinha" intencionei escrever...releia acima as entrelinhas e constate que sou INOCENTE...rs
"Se um soubesse um pouco mais / Eu teria mais idéias e menos certezas"; ou, como lhe dizia, em jeito de comentário, "e se, em vez de sabermos um pouco mais, fôssemos capazes de nos desprendermos do tanto que sabemos..." Talvez concordes comigo...
Pedrim, sinceramente, ainda não entendi o porquê de Jorge ter escrito isso aí encima, mas desde sempre relevo, pois muito o estimo e sei que ele sente o mesmo por mim...
Esqueça as "farpas", façamos harpas e sonoras poesias :-) ok!!
Vou te enviar um e-mail, daí falamos mais vizin...
beijo nocê e na famia toda!
Desta mineira paulistana complicada e perfeitinha...rs
Márcia
Márcia,
ResponderExcluirEntão é só curtir o paraíso que é Fortaleza (mais ainda: agora que você aportou por aí), que, infelizmente, sabemos que não é só paraíso: tem o outro lado da moeda, né amiguinha.
Desconsidere qualquer palavrinha minha mal colocada, leve em conta tão-somente a intenção que não é senão a de semear cordialidades, e bem sei que nisso você é craque contra e a favor do vento.
"Façamos harpas e sonoras poesias...", gostei e hei de tomar emprestado, menina das Minas Gerais, que virou paulistana e agora está cearense...
Amplexos mil,
Pedrim.
Das canções de Lenine essa é a minha preferida,e sempre digo que ele a fez pra mim ;)
ResponderExcluirótimo post! =*
Iasminne,
ResponderExcluirEssa canção é um hino. Quando eu for menino vou querer compor um troço desse tamanho e altura...
Abraço mineiro,
Pedro Ramúcio.