Há uma só cidade natal para cada um. Eu acho que tenho duas: a que me viu nascer, Governador Valadares/MG, Brasil; e a que me pariu sem eu ter nascido lá, Lisboa, Portugal, Europa. Sinto isso em minha alma, como quem sente que tem um irmão-gêmeo mesmo sem o ter: órfão de irmandade.
Sei versos que eu só poderia escrever ao pisar em teu solo, Lisboa,
Com minhas mãos levantadas pro céu.
São versos salvos para sempre da ferrugem do papel, dizendo
De saudades
Que eu sinto de Portugal que de nenhum outro porto.
Em meu peito tanta estrada percorrida, cada mundo conhecido
E esquecido ou guardado num canto do coração.
E a falta de ver Lisboa, ler Lisboa no mapa da palma da minha mão.
Estar aos pés de Lisboa, ali me encontrar comigo
E com os "comigos de mim."
Dar passeios vespertinos pelas ruas de Lisboa e gozar
O tempo passando, na véspera.
Tudo vale mais na véspera, que é quando tudo e nada acontece.
Por isso vivemos de esperas e vésperas, de instante a instante.
Ao poisar os pés em teu solo, Lisboa,
Terei o transe eterno que só quem morre é que sabe ter.
Serei teu ilustre visitante aguardado sem nenhum convite.
Chegarei às pressas e cansado, da viagem e da volta.
E não sairei nunca mais daí, nem para dançar nos astros
Ou contar a outros povos que enfim Te descobri.
E serei benquisto entre todos...
Falaremos a mesma língua portuguesa, bem baixinho,
Para não despertar os vizinhos, estrangeiros europeus.
Ninguém mais precisará saber ou sequer desconfiará
Que estaremos juntos e felizes juntos.
"Ah, todo cais é uma saudade de pedra!"
(Álvaro de Campos)
(Pedro Ramúcio)
Domingo
-
Ainda agora acordei e, mal abro as portadas, dou pelo domingo a lançar
seus passos trôpegos, debaixo de cerradas cortinas de água. Vem encharcado ...
Há um dia
Aguardo por um texto sobre o Porto, para seja pintado de uma forma tão bela como Lisboa!
ResponderExcluirBeijos
Laura alberto
Laura,
ResponderExcluirPortugal inteiro me fascina, Lisboa é apenas a célula-máter desse amor embrionário, ou mais ancestral ainda...
A língua portuguesa é minha pátria...
Abraço luso-mineiro,
Pedro Ramúcio.
Obrigada por tua visita.
ResponderExcluirO mesmo que descreveu sobre Lisboa sinto pelo Porto... os motivos são muitos.
Portugal é terra mãe, terra natal.
Lindo seu blog. Adorei o texto sobre Lisboa!
Abraço luso-paranaense
Cara me deu uma saudade das coisas que não tenho, dos lugares que não vivi, dos corpos que não habitei. Viajante de um mesmo lugar lançando ancoras no vazio. Magistral a tua Lisboa Invisited e esse sentimento luso. Meu abraço desde e d'além amar.
ResponderExcluirPat,
ResponderExcluirPor tua visita leve e doce, obrigado eu!
Portugal é um elo perdido com o passado que há em mim, que nunca passará. E quando digo Lisboa, saiba: digo Portugal e todos os seus 'portos', inclusive o Porto. Mas sempre pelo prisma da poesia, política à parte...
Abraço co-português,
Pedro Ramúcio.
lisboa é cheia de encantos, ramúcio.
ResponderExcluiré uma cidade com a qual me identifiquei e onde tenho imensa vontade de retornar um dia.
às vezes acho que o tejo corta minas gerais e o são francisco (ou o Doce) rasgam portugal...
viagens minhas...
eu sei que a cidade te receberá bem.
e voc6e se sentirá "em casa".
abs,
roberto.
Assis,
ResponderExcluirSaudade não tem idade nem localidade, né! Na realidade, saudade só tem uma explicação: nenhuma!
Abraço com saudade de seus mil e um poemas,
Pedro Ramúcio.
Querido Pedro,
ResponderExcluirComo diz o Roberto,
Lisboa é cheia de encantos!
E Portugal é um encanto tamanho,
que lá fica meu paraíso.
O Tejo tem sua parcela de encantamento,
mas é no Mondego que me torno
inteira, viva e intensa.
Certa vez, em homenagem a minha Coimbra,
residência lusitania,
escrevi, modestamente:
"A minha casa,
raiz em brasa:
o fundamento
do sentimento.
A minha aldeia,
na minha idéia:
o mundo inteiro
e verdadeiro.
A minha rua,
na aldeia:
emoção nua
que se faz minha.
E ao meu partir,
e meu voltar:
dá um sentir
de asa a voar..."
Seu poema é um encanto.
Não nega sua origem genética e emocional.
Lisboa, desde logo, se rende!
Será agassalhado com todas as honras...
Beijos amigo poeta,
Roberto,
ResponderExcluirIsso de cruzar os rios daqui com os de Portugal, lembra-me o "Fado Tropical" do Chico.
Mas um dia pretendo írmos, sim, à Lisboa: eu e a musa-esposa-poeta e trazer de lá uma penca de poetas, também! Esse dia, ontem...
Porquanto vou navegando p'las águas deste blog, num barco a remo e rimas...
Olha! Não deixe o Hely a esperar pelas letras tanto tempo, sente-se logo ao computador (tenho escrito só assim ultimamentes) e mande ver. Cronista você já é, poeta sempre foi: tá faltando o quê, então! Uma boa notícia, um mote especial? Mas você é jornalista dos bons, também, e este anti-furo você não vai causar de jeito maneiras. Se precisar, eu arrisco o começo e você arrasa no resto... mas essa parceria tem que gerar canções. (Aqui, só entre nós dois: eu, tímido do jeito que sou, avesso a meu verso exposto que sempre fui, tenho uma parceria ímpar com o RM, germinada via celular. Só falta ele liberar e alguém querer gravar, tá noventa por cento pronta...)
Abraço de seu fã de você compositor,
Da rama (agora esparramei de vez).
Digo:
ResponderExcluir"Lisboa"
Quando atravesso - vinda do sul - o rio
E a cidade a que chego abre-se como se do meu nome nascesse
Abre-se e ergue-se em sua extensão nocturna
Em seu longo luzir de azul e rio
Em seu corpo amontoado de colinas -
Vejo-a melhor porque a digo
Tudo se mostra melhor porque digo
Tudo mostra melhor o seu estar e a sua carência
Porque digo
Lisboa com seu nome de ser e de não-ser
Com seus meandros de espanto insónia e lata
E seu secreto rebrilhar de coisa de teatro
Seu conivente sorrir de intriga e máscara
Enquanto o largo mar a Ocidente se dilata
Lisboa oscilando como uma grande barca
Lisboa cruelmente construída ao longo da sua própria ausência
Digo o nome da cidade
- Digo para ver
Sophia de Mello Breyner Andresen
De presente para ti, Pedro, este poema da Sophia
Bj
Laurinha,
ResponderExcluir"Raiz em brasa" só pode ser essa casa que carregamos em nós, caracóis mundo afora. Lindo demais Coimbra trazida assim: no fundamento de seu sentimento, sua aldeia em sua idéia sempre. Perene poesia destilas docemente...
Já pra mim, Lisboa é morada que não pude endereçar correspondências que só lá me chegariam, e até me chegam, mas não estou pra recebê-las. Então eu mesmo me remeti esses versos que tratam de uma ausência mútua: a cidade sem o poeta, e o poeta desterrado do ventre que não o pariu...
"A falta de ver Lisboa, ter Lisboa no mapa da palma da minha mão. Ali me encontrar comigo, e com os 'comigos de mim'."
E logo abaixo acabo de ser presenteado por Magnólia (in Portugal) com um estupendo poema de Sophia de Mello Breyner Andresen, terçando sobre Lisboa, e vou lá o ler e convido-a a vir comigo...
Abraço luso-valadarense,
Pedro Ramúcio.
Mag,
ResponderExcluirDigo-lhe que receber um poema de presente é ser de repente poetificado também. Sinto-me mais sophiano a partir de aqui...
Abraço agradecido,
Pedro Ramúcio.
Pedro,
ResponderExcluirfiquei agora com saudade de Lisboa, e olha que nem a conheço, nunca estive lá. Mas você conseguiu despertar em mim um desejo de "retornar" a um lugar que nunca estive. Me explica isso, por favor?! (Risos)
Mas acho que é isso: palavras têm essa magia... mexem com nosso imaginário!
Achei belíssimo seu poema.
Até a próxima!
Gilmara :)
Gilmara,
ResponderExcluirO Renato Russo, um dos maiores poetas da canção brasileira, fala em "Índios" de uma saudade que ele sente de tudo que ainda não viu. Já Fernando Pessoa, poeta português de inalcançável imaginação poética, tinha saudade do futuro.
Talvez seja isto: trazemos em nós uma ancestralidade contínua, um devir irreparavelmente passando que não passa nunca, um elo invisível com certos lugares e suas coisas...
Fico feliz que meus versos tão simplezinhos te levassem à Lisboa nesse barco movido a remo e rimas, que é esse blogue...
Abraço de rimador,
Pedro Ramúcio.
portugal, que não conheço, terra de meu avô paterno, sempre me comove e está em meus sonhos!
ResponderExcluirobrigada, da rama, pelo presente - ler poemas que falam da terrinha nos remete ao lugar!
besos
Líria dos portugais,
ResponderExcluirUai, se o pai do seu pai é d'além mar, seu caso é o meu, um seu pedaço também é de lá, oh pá! Embora comigo não haja parentesco assim bem próximo, mas uma funda afinidade poética quase órfã.
Então tá explicada sua vocação pra poesia, também, tanta intimidade com os versos que lhe brotam das mãos feito água de límpidas fontes!
Abraços de lá e de aqui,
Das ramas.
Pedro, segui tua indicação e cheguei aqui nesse porto Lisboa tão belo. Lembrei-me da primeira vez que estive nessa cidade e de como gosto daqui, sem nunca mais tê-la visto.
ResponderExcluirEdu,
ResponderExcluirPois é, viajar é mesmo perder países...
Abraço luso-mineiro,
Pedro Ramúcio.
É bom ter mais de uma cidade no coração, o ruim é ter mais de uma saudade.
ResponderExcluirGostei do poema =).
Beijos.
tambem levo comigo um amor por portugal, esta linda terra, que no brasil tambem deixou sementes, parece que ela está se futificando.
ResponderExcluiragora que por este espaço passei, contemplei mas uma face da poesia, antes desconhecida a meu ser, suas homenagens a grandes nomes da arte me fascinaram, tambem eu adimiro e leio shakespere, amo nelsom rodrigues, vou conytinuar visitando este blog, pois acredito que você ainda tem muito a me mostrar...
saudações.
da rama,
ResponderExcluirhoje to um caos, todo misturado.
gostei da idéia da letra.
só temo não ter suco.
às vezes a vida espreme mais suco do que temos pra dar.
hoje acordei assim: desidratado.
abração,
r.
ps: ainda não te perdoei por não ter ido a BH se encontrar com a minha (que passaria a ser a sua)turma. tinha uma cadeira com seu nome, lá.
sim, tenho esse defeito: demoro a perdoar.
Lara,
ResponderExcluirLisboa é amor antigo que eu preservo intacto em mim. E é assim: toda vez que saio um pouquinho de Valadares, estala a saudade de um século em meu peito, então volto voando pras minhas coisas e gentes. E duns quatro anos pra cá, arrumei amor novo, visceral, eterno, pungente, que atende pelo nome de Santo Amaro da Purificação (Vila do meu feitiço), que fica no Recôncavo baiano, cidade mágica onde me tornei poeta com o corpo também, eu que antes usava só de minha invisível alma para palavrar, ou seja, entornava tudo só para dentro. Hoje, não: transbordo todo sentimento que há em mim, pinto e bordo a cada pensamento que me surge, estou livre pra versejar:
DAS VELAS DO MUCURIPE
Eis-me aqui
De mala vazia
Trazendo a poesia
Só
Em meu coração só.
Eis-me aqui
Cego sem guia
Herdando vã hipocrisia
Desde
Que o homem se alevantou do pó.
Eis-me aqui
Atrás de alegria
Capaz da Guerra Fria
Mas
Também de coisa inda mais doce que um pão-de-ló.
Eis-me aqui
Voz que se silencia
Ouvido que se delicia
Ante
A música de David Duarte doada a mim em Dó.
Eis-me aqui
Poeta do sétimo dia
Missa que eu mesmo rezaria
Pela
Tríplice saudade de minha Avó.
ao poeta Roberto Lima
(Pedro Ramúcio)
*
Abraço luso-baiano,
Pedro Ramúcio.
Cândido Poeta do Inverno,
ResponderExcluirSe vais continuar visitando este humilde blog, então continuarei a postar minhas homenagens sempre que elas me surgirem, e serão muitas: tas posso garantir... palavra de poeta, que na sua idade tremia ante uma linhazinha minha que pudesse denunciar-me autor, escritor, sonhador; pra mim, naquela idade, escrever era uma espécie de crime ou pecado, ou os dois...
Admiro a coragem de assumires teu Dom logo cedo, e sei que vais crescer e querer ser sempre um escrevinhador maior, e serás...
Abraço à Vandré,
Pedro Ramúcio.
De lima,
ResponderExcluirEu próprio demorarei a me perdoar, bicho. Já tive até sonho com BH, e eu lá no meio dos seus, deleite maior.
Quanto à ideia da letra, pode ser via de mão dupla: qualquer coisa que você esboce, me manda que eu me aventuro a trilhar por canções dantes assopradas; pode calhar, ora pois. Onde falta ins, pode sobrar trans, e vice versos...
Ainda bem que hoje é quase amanhã, e esse caos já passou...
Abraço de quem te admira pra caráleo,
PR.
Pedro querido,
ResponderExcluirTenho tantos amigops portugueses que sinto portugal como uma extensão da minha casa e do que tb bate aqui no peito...meu coração! Nunca fiquei meus pés na terra mas tenho lá raizes plantadas..da alma...sinto que tenho.
Um beijo de quem te compreende, nesse sentir parecido com o teu
Erikah
ErikaH,
ResponderExcluirMinhas raízes são essencialmente poéticas, pela palavra encravei minh'alma em plagas portuguesas, pelo espírito da poesia que bafejou-me infante ainda. E do lado de cá do Atlântico tenho, à distância, que a cada dia diminui um pouco, conquistado lusos amigos que me estão a emanar muita energia através de sua arte em versos, e vamos nos entendendo bem, o que pra mim é um prazer renovador sempre...
Aproveito e saúdo teus amigos portugueses com toda a admiração que nutro por Portugal e seus poetas, símbolos da raça...
Feliz sempre que você vem aqui,
Pedro Ramúcio.
Adorei sua resposta, obrigada, poeta!
ResponderExcluirBeijo grande!
Lara,
ResponderExcluirUm rio transborda também pra se lavar...
Você é linda fonte e faz lindos poemas que eu li e fez um lindo par com a Líria dos portos, que eu leio amiúde e muito também...
Abraço valadarense,
Pedro Ramúcio...
Pedro, há seguramente portugueses, em geral, e lisboetas, em particular, que não conhecem Lisboa de forma tão verdadeira como tu, à distância do canto, a vives no coração.
ResponderExcluirUm abraço rendido!
Jorge,
ResponderExcluirLisboa é Pessoa em mim, sou eu em Minas Gerais em memória dele, da cidade que ele propagou ao mundo, em geral, e a mim, em particular, em seus poemas de inalcançável imaginação, através de seus heterônimos diversos e dele próprio, o ortônimo...
Talvez seja isso, e mais você, claro, causadores dessa minha sensação de dupla municipalidade, de todo modo expressa com mais exacta certidão no cartoriado dos versos...
Abraço retribuído,
Pedro Ramúcio.
Só de passagem. Lisboa, tb quero passar por lá um dia.
ResponderExcluirAbraço
Linda postagem.....Ká estou a agradecer sua visita. BOM FDS.......ABRAÇOS!
ResponderExcluirPedro! A cidade que nunca dorme e na distância encanta, agradece a tua homenagem e o teu sentir de poeta. O Tejo corre e abraça o Oceano que te separa de Lisboa e na sua foz deixa a certeza de que quem vem a Lisboa fica com ela tatuada na alma. Já aqui estiveste, poeta.
ResponderExcluirObrigado pelo comentário. Abraço desde terras lusas.
Pianistaboxeador21,
ResponderExcluirEspero que voltes mais vezes aqui, e quando fores à Lisboa, leva um pedacinho do CANTO GERAL na algibeira, e deixa-o, punhado de versos e de conversas verdadeiras como esta nossa agora, levar-se ao primeiro sopro de brisa (se não for pedir muito, claro...)...
Porquanto, visitemo-nos sempre ao sabor dos sambas de Cartola...
Abraço mineiro,
Pedro Ramúcio.
M@ria,
ResponderExcluirInda bem que você gostou. Só de, já valeu a pena, mas veja quantos amigos mais comungam consigo desse ligeiro pensamento. De que mais precisaria este pequeno poeta (mais precisamente um menino aprendiz de poesia)?
Sou-lhe grato pela visita e cuidarei que você venha sempre aqui fazer-nos a festa dessa comunhão poética...
Braços em procissão,
Pedro R@múcio.
Manu,
ResponderExcluirO Tejo não é mais doce e belo que o rio que corre pela minha aldeia , porque o Tejo é o rio Doce que corre pela minha aldeia e deságua no mesmo mar salgado e doce que banha Lisboa duns versos valadarenses. E feito o mar, eis-nos: pontes em pessoas de poemas e sentires...
Abraço lisboeta-valadarense,
Pedro Ramúcio.
A imagem de uma Lisboa a traço negro e branco, expondo as vielas que respiram o sangue de quem nelas acontece a cada instante. Chama-se "Beco a Preto e Branco", é do fotógrafo José Figueira. Podes encontrá-la no viagens de luz e sombra.
ResponderExcluirUm abraço Lusitano!
Jorge
Jorge,
ResponderExcluirLá estarei com todo encanto e prazer de sempre, no "Viagens de Luz e Sombras" a saborear o "Beco a Preto e Branco" de José Figueira, e desde aqui agradeço-lhe(s) a convocação para mais esta vez ir-me a Lisboa...
Sempre a postos,
Pedro Ramúcio.
Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida.
ResponderExcluirClarice Lispector
Um Domingo de Paz e beijos meus!
M@aria,
ResponderExcluirDe repente, deu saudade de ler mais Lispector. De repente, não mais que de repente. E deve ser lindo ler Lispector em Lisboa! Quanto posso agradecer-lhe por trazê-la aqui? Mil vezes e ainda será pouco. Que tal aumentar minha dívida com mais desses mimos? Pago pra ler...
Um domingo sem um pingo de segunda-feira,
Pedro R@amúcio.
Olá Pedro
ResponderExcluirQue declaração a Lisboa!
Solo fértil de amor!
Obrigada por estar no Braille da alma.
Sigo-te!
Bjuxxx e xerooo
Agradecendo o carinho de sua visita e deixando meu carinho também.
ResponderExcluirÓtima Semana e Feliz Dia da Mulher!!
Juliana,
ResponderExcluirÉ tão fácil cantar quando amável vem a paixão. E Lisboa é onde sou mais nacional que em qualquer outra parte, é onde me visito sem precisar de partir. Lisboa não será nunca uma fotografia na parede, o Tejo não virará nunca um Tietê...
Obrigado por estar e seguir o CANTO GERAL...
Abraço luso,
Pedro Ramúcio.
M@ria,
ResponderExcluirNão há o que me agradecer. Sinceramente: é assim que visito os blogues - dentre, o seu - que me apetecem o coração.
Com carinho sicero,
Pedro Ramúcio.
Costumo dizer a alguns portugueses amigos meus... vós tendes tinta no lugar de sangue e escrevem com o que pulsa nas arterias,..entendo muito esta tua admiração, ainda bem q nós brasileiros nos fazemos irmãos no dom da escrita.
ResponderExcluirbjinhos
Erikah
ErikaH,
ResponderExcluirReparaste muitíssimo bem! Os portugueses trazem mesmo a poesia nas veias, além de toda a melodia que há no sotaque lusitano que eu admiro muitíssimo também.
Felicidades mil neste 8 de março,
Pedro Ramúcio.
Belo canto, Ramúcio, comigo já a fascinação é com o Alentejo. Gostei muito de teu poema. Grande abraço.
ResponderExcluirCampanella,
ResponderExcluirTalvez devesse ser permitido nascermos em dois lugares. Além de Governador Valadares, que me deu esse amor ancestral pelas palavras, Lisboa me seria ótimo berço também. Sinto isso como uma saudade, amigo.
Um duplo abraço,
Pedro Ramúcio.