Ler Shakespeare sempre foi pra mim tarefa alevantadora e massacrante ao mesmo tempo, pois, que se me deparo com o inalcançável escritor assentado no seu cume de Mestre. Shakespeare é o topo do topo ( ou o top dos tops, usando uma linguagem que certamente seria assimilada por ele, que era exímio trocadilhista, dentre outras virtudes só suas) como dramaturgo. Depois dele não há aonde mais ir, e isso, para leitores aspirantes a grandes artistas - eis outro drama dentro do drama, e o trava-língua é proposital -, beira à frustração, às vezes. Tentei resolver essa equação me valendo de outro gênio das letras, meu mestre Fernando Pessoa:Ler Shakespeare é preciso.
Ser Shakespeare não é preciso...
(Pedro Ramúcio)























